O Mosteiro de Santa Maria de Arouca, em Arouca, vai ser concessionado ao abrigo do programa Revive. O concurso público foi lançado no dia 23 de novembro. Os investidores interessados têm 90 dias para apresentarem propostas. Sendo a concessão por 50 anos para exploração para fins turísticos.
O Mosteiro de Arouca foi fundado no século XII pela Ordem de Cister, e veio a tornar-se “relevante depois de a efémera rainha de Castela, D. Mafalda, filha do rei D. Sancho I de Portugal, lá ter vivido entre 1220 e 1256”, e que se encontra lá sepultada.
O Mosteiro está na posse do Estado desde 1834, ou seja, desde o ano em que foram extintas as ordens religiosas. O edifício manteve funções religiosas até 1886, ano da morte da última freira, e nesse momento, todos os bens reverteram para o Estado. A partir daí o Mosteiro teve diversas utilizações.
O imóvel localiza-se em pleno centro da Vila de Arouca e está classificado como Monumento Nacional desde 1910. “De estilo classicista romano, foi objeto de grandes intervenções nos séculos XVII e XVIII, em estilo barroco, e de um restauro em duas fases já no século XX.”
O Mosteiro de Arouca é um dos 33 imóveis inscritos no Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais. Pretende-se com este programa valorizar e recuperar o património sem uso, reforçar a atratividade dos destinos regionais e o desenvolvimento de várias regiões do país. E torna-se no décimo concurso a ser lançado no âmbito do Revive.
Para o Ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, “o Mosteiro de Arouca é um imóvel marcante deste concelho, estando numa localização privilegiada. Está classificado como Monumento Nacional há mais de um século e a sua recuperação ao abrigo do Revive será um importante fator de geração de riqueza, de criação de emprego e de preservação da identidade cultural de Arouca”.
Para a Ministra da Cultura, Graça Fonseca “esta é uma oportunidade para devolver ao Mosteiro de Arouca a centralidade que merece e valorizar a sua notável herança patrimonial e artística. O património cultural é um elemento fundamental na construção da nossa identidade e memória social. O programa Revive é, assim, um importante contributo para a salvaguarda destes ativos, devolvendo-os aos cidadãos”.