Octávio Matos nasceu em 1939, numa família ligada ao espetáculo, e com apenas 4 anos subiu ao palco, em Lourenço Marques, atual Maputo, para aos 17 anos ter a sua estreia como ator, em Luanda. “Frequentou o Conservatório, e teve uma longa carreira como ator, diretor de atores e encenador, com companhia própria e frequentes digressões”, indica nota no site da Presidência da República.
A Ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamenta a morte de Octávio Matos, e indica que o ator “estreou nos palcos graças à influência decisiva do pai, Octávio de Matos, também ator e ilusionista. Desde a sua estreia profissional, aos 17 anos, dedicou a sua longa carreira à representação, tanto em teatro, como no cinema e na televisão, tendo-se tornado um dos rostos e vozes mais reconhecíveis junto do público português.”
A partir da década de 1960 tornou-se um dos atores mais populares do teatro de revista, estrela do ABC e do Mário Vitória, descreve a nota da Presidência da República. “Foi depois muito solicitado pela televisão, trabalhando com Nicolau Breyner ou Camilo de Oliveira, e em séries cómicas como ‘Os Batanetes’ ou ‘O Prédio do Vasco’, além de ter feito telenovelas, teatro radiofónico, cinema e dobragens para filmes de animação.”
Graça Fonseca refere que o ator “participou em inúmeros filmes e deu voz a diversas personagens nas versões portuguesas de filmes de animação. Mas o seu nome ficará para sempre associado a alguns dos mais significativos momentos da Revista Portuguesa – maioritariamente no Teatro ABC e no Teatro Maria Vitória –, bem como às sérias de televisão onde deu vida a personagens tão acarinhadas pelos espectadores.”
“Os testemunhos de amigos e colegas de profissão mostram-nos um ator incansável e envolvido na sua profissão, mas, também, um ator reconhecido pelos seus pares tantos pelas suas qualidades profissionais como pessoais”, refere ainda a Ministra da Cultura.