A Câmara Municipal de Lisboa vai concentrar todos os serviços de Proteção Civil num único espaço em Monsanto. “A zona geográfica foi escolhida por ser a mais segura da cidade em termos sísmicos, condição fundamental para a laboração deste serviço em qualquer circunstância”, indica comunicado do Departamento de Marca e Comunicação da Câmara Municipal de Lisboa (CML).
É também aqui que ficará o recentemente criado Dispositivo Integrado e Permanente de Emergência Pré-Hospitalar, e que vai, de acordo com o Vereador Carlos Castro, referido em comunicado, “estabelecer e coordenar a ligação entre Município e bombeiros voluntários no sentido de disponibilizar para este apoio de saúde mais seis ambulâncias”.
De acordo com a CML “as diferentes unidades de atuação do Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) passam a partilhar a mesma estrutura onde está já instalado a SALOC – Sala de Operações Conjunta”. O objetivo é dar seguimento à “estratégia de construção de uma relação cada mais próxima e fluída entre Proteção Civil e as Forças de Segurança, organizações nacionais e internacionais”.
O trabalho de integração tem vindo a ser feito desde 2010 pela SALOC, “reunindo os meios de comando e controle do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSB), da Polícia Municipal (PM) e do Serviço Municipal de Proteção Civil (DPC), suportadas por um sistema único de comunicações de acionamento de meios das respetivas estruturas”.
O sistema de comunicações de emergência do Município de Lisboa foi incluído no Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) o que permitiu “assegurar a comunicação entre as diversas forças responsáveis pela segurança pública que atuam no concelho e, da mesma forma, a integração num sistema único nacional, fatores especialmente relevantes em caso de acidente ou catástrofe, de carácter local, metropolitano, ou nacional”.
Para a agregação dos SMPC a CML procedeu “a uma análise de várias possibilidades, que envolveu os trabalhadores, num processo de decisão conjunta com os diversos departamentos municipais responsáveis pela logística e funcionamento do serviço”, indica o comunicado.
Com o novo Dispositivo Integrado e Permanente de Emergência Pré-Hospitalar, a CML considera que “a capacidade de resposta às ocorrências existentes aumenta, ao mesmo tempo que se otimizam os meios do RSB e das seis corporações de bombeiros voluntários de Lisboa, em articulação com o INEM”.
O modelo agora a implementar é considerado “inovador no país a nível da emergência pré-hospitalar”, e assenta num financiamento da Câmara Municipal de Lisboa aos corpos de bombeiros voluntários da cidade, de noventa mil euros, para o primeiro semestre do ano, ao mesmo tempo que é garantido um programa de formação dos elementos de todo o dispositivo, visando a qualidade e eficácia da resposta prestada”.