Miguel Rocha campeão nacional de bodysurf, pelo terceiro ano consecutivo, vai agora embarcar, nos próximos dias 18 e 19 de agosto, na aventura do campeonato do mundo da modalidade, tornando-se o primeiro português a participar nesta competição que se realiza este ano na Califórnia.
O campeão nacional, a quem foi diagnóstico a esclerose múltipla, é uma prova da força e perseverança, não deixando que a doença seja um entrave aos seus objetivos, afirmando que “nunca se deve baixar os braços. O pensamento positivo é fundamental para quem tem sonhos.”
Miguel Rocha descobriu o bodysurf em 2010 e em 2015 começou a competir alcançando nesse ano um prestigiante 2º lugar no campeonato nacional. Desde então, foi somando títulos, mas o diagnóstico de esclerose múltipla, em 2016, afastou-o do mar durante algum tempo.
“Nesse momento, pensei que a competição e o bodysurf tinham chegado ao fim e sempre que pensava em esclerose múltipla só me vinha à cabeça a cadeira de rodas” recordou Miguel Rocha. Mas incentivado pela família do bodysurf, como gosta de dizer, Miguel voltou a entrar no mar e sentiu que aquele lugar lhe pertencia como sempre, e nesse ano, não só se sagrou campeão nacional de bodysurf, como chegou ao pódio na competição europeia, com o 3º lugar do campeonato europeu.
Depois de renovar o título Nacional em 2017 e mantê-lo em 2018, Miguel Rocha prepara-se agora para o campeonato do mundo, onde conta com o apoio das Bolsas GAES, uma iniciativa da líder ibérica em reabilitação auditiva, integrada na Fundação GAES Solidária, departamento de responsabilidade social da marca.
Para Dulce Martins Paiva, Diretora-Geral da GAES, “acompanhar o percurso destes atletas, sabendo que a GAES contribuiu para a concretização dos seus sonhos, é muito gratificante. Estamos, por isso, a torcer para que o Miguel possa atingir os seus objetivos neste campeonato do mundo, desejando-lhe a maior sorte.”
Miguel Rocha vai partir na próxima semana para a Califórnia, onde vai participar pela primeira vez no campeonato do mundo. “É a primeira vez que vou competir numa prova mundial e sei que o nível é extremamente alto. Vou para me divertir e se conseguir trazer um bom resultado para casa, será a cereja no topo do bolo” referiu o atleta.
A doença, essa, parece não ser um obstáculo, servindo principalmente, neste momento, para inspirar outros a enfrentá-la, mostrando que “o diagnóstico de esclerose múltipla não é o fim.” Miguel Rocha concluiu, afirmando que “se conseguir inspirar uma pessoa que seja, acho que já vale a pena.”