Com a chegada a Portugal de 10 migrantes, que no final de setembro, foram resgatados pelo navio humanitário Aquarius II, que atracou em Malta, eleva-se já para 86 o número de migrantes acolhidos pelo país durante este ano.
Estes últimos 10 migrantes envolvem 6 adultos e 4 crianças. Dois cidadãos prevenientes do Paquistão, sete da Líbia e um da Argélia. Comunicado conjunto da Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa e do Ministro da Administração Interna indicou que os migrantes foram entrevistados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras no início de outubro e agora acolhidos em território nacional pela Cruz Vermelha Portuguesa, em Chaves e Caldas da Rainha, e pela Associação Peaceful Parallel, em Coimbra.
O acolhimento no país deste novo grupo de migrantes “resulta do compromisso de solidariedade e de cooperação europeia assumido por Portugal em matéria de migrações. Perante a situação de emergência dos migrantes resgatados pelo Aquarius, o Governo português manifestou de imediato a disponibilidade para participar solidariamente no processo de acolhimento.”
Até agora o país acolheu este ano 86 migrantes na sequência de resgates de navios humanitários. Antes deste último grupo, tinham chegado em outubro 27 migrantes que foram acolhidos pela Câmara Municipal de Lisboa e pela Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), em Penela. Em setembro, coube ao município do Fundão receber 19 pessoas, e em julho, 30 migrantes, que tinham sido resgatados pelo navio Lifeline, foram acolhidas pelo Conselho Português para os Refugiados, na Bobadela.
O Governo português “continua a defender uma solução europeia integrada para responder ao desafio dos fluxos de migrantes que procuram chegar à Europa através do Mediterrâneo mas, por razões humanitárias e face à situação de emergência em que se encontram estas pessoas, tem manifestado disponibilidade para, solidariamente, acolher parte destes grupos de migrantes.”
O trabalho para o acolhimento envolve a coordenação de serviços das áreas governativas da Administração Interna e da Presidência do Conselho de Ministros, em particular, do Serviço de Estrangeiros e Fonteiras e do Alto Comissariado para as Migrações.