Depois do magnífico concerto no Festival Super Bock em Stock, Michael Kiwanuka já tem agendado o seu regresso a Portugal para 2020. O músico britânico atua no dia 8 de maio no Campo Pequeno, em Lisboa, e dia 9 de maio, na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Michael Kiwanuka traz na bagagem o novo álbum, “Kiwanuka”, considerado pelo público e pela crítica como um dos melhores discos do ano de 2019, tendo recebido cotação máxima de publicações como o The Guardian, NME, Q ou o Daily Telegraph. O The Guardian destaca os vocais “calorosos e sinceros” do músico, num registo ao mesmo tempo “intemporal e contemporâneo”; já o Daily Telegraph aponta para o caráter “hipnotizante e carregado” de um espírito que encontra alívio na música que faz.
Mas os adjetivos que lhe foram atribuídos podem ser confirmados pelo público português nos concertos agendados para dia 8 de maio no Campo Pequeno, em Lisboa, e dia 9 de maio, na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, no Porto.
Michael Kiwanuka nasceu em Muswell, Londres, no ano de 1987, depois de os pais terem fugido do Uganda, forçados pelo regime de Idi Amin. As primeiras paixões musicais foram suscitadas pelo rock, com Radiohead e Nirvana à cabeça. Quando é assim, criar uma banda de covers é quase sempre o passo seguinte na sintomatologia do jovem apaixonado e foi mesmo isso que Michael Kiwanuka fez, quando estudava jazz na Royal Academy Music e música pop na Universidade de Westminster.
O talento de Michael Kiwanuka começou a dar nas vistas e um dos primeiros a reparar nisso foi Paul Butler (The Bees), que o incentivou a gravar as primeiras canções. Pouco depois assinou com a editora Communion (Mumford & Sons) e editou os EPs “Tell Me a Tale” e “I’m Getting Ready”. Por esta altura, o nome de Michael Kiwanuka já estava no mapa dos melómanos – e a liderança no BBC Sound Of 2012 foi a materialização dessa crescente expectativa.
O primeiro disco chegou em 2012, precisamente. “Home Again” foi um sucesso comercial e artístico, entrando para os tops e tendo sido nomeado para um Mercury Prize. Michael correu o mundo, mas em 2015 estava na altura de voltar ao estúdio. “Love & Hate” saiu em 2016, com o selo de qualidade da produção de Danger Mouse. Com este segundo registo, Michael Kiwanuka quis arriscar um pouco mais, experimentou, mas isso não afetou as vendas – pelo contrário, o disco assumiu a liderança do top de vendas em Inglaterra.
As influências de vozes como as de Van Morrison ou Curtis Mayfield são óbvias, mas Michael Kiwanuka tem conseguido desenvolver uma linguagem muito própria, numa mistura audaciosa de folk, indie rock e r&b. Em 2019, editou mais um single de sucesso: “Money”, com Tom Misch. O seu terceiro álbum, homónimo, de novo produzido por Danger Mouse, chegou em outubro de 2019. Com a escrita mais apurada do que nunca, “Kiwanuka” é um daqueles clássicos instantâneos.