O navio hidrográfico da Marinha, NRP Almirante Gago Coutinho, detetou no fundo do mar, no dia 3, ao final da manhã, a embarcação de pesca ‘Veneza’ que se tinha afundado na quarta-feira, dia 29 de novembro, a cerca de 20 quilómetros da costa da Figueira da Foz.
A embarcação de pesca foi localizada com recurso às capacidades tecnológicas de um sistema sonar de varrimento lateral de grande precisão, instalado a bordo do navio hidrográfico “Almirante Gago Coutinho”, operado por uma equipa do Instituto Hidrográfico.
Com recurso a um Veículo de Operação Remota (ROV, de Remotely Operated Vehicle) foi executada “uma operação complexa, minuciosa e demorada para confirmar o estado da embarcação”. O veículo subaquático, controlado a partir do navio de investigação científica da Marinha, permitiu a observação e recolha de imagens fotográficas e vídeo do navio afundado.
Com base nas imagens recolhidas pelo ROV a Marinha concluiu que a embarcação se encontra inteira, não havendo indícios de rombos exteriores no casco, mas as imagens não permitiram confirmar se o mestre da embarcação se encontra no interior do ‘Veneza’, dada a elevada turbidez da água.
Uma equipa de 10 mergulhadores da Marinha, que se encontram a bordo do navio hidrográfico, vai agora tentar efetuar um mergulho até à embarcação de pesca para tentar confirmar se o mestre se encontra no interior da casa do leme, e se é exequível recuperá-lo. Uma operação a que Marinha está a dar toda a prioridade.
Dada que a embarcação se encontra a 80 metros de profundidade e haver de redes de pesca no local a operação é considerada de risco, mesmo para a equipa da Marinha com capacidade de realizar operações de mergulho a grande profundidade.
A Marinha conseguiu até agora recuperar os corpos de 3 pescadores naufragados, dos 4 a bordo da embarcação ‘Veneza’, mantendo-se o mestre ainda desaparecido.