A COVID-19 provocada pelo coronavírus, que teve origem conhecida em Wuhan, na China, e que se espalhou pelo mundo, causa a grave síndrome respiratória aguda coronavírus (SARS-CoV-2), os médicos e cientistas estão preocupados com a tratamento mas as respostas são poucas dado que não há atualmente nenhum antiviral comprovadamente eficaz de combate à nova infeção.
No entanto, parece existir um medicamento experimental, o Remdesivir IV, que foi desenvolvido para tratar o Ébola, que tem vindo a mostrar uma boa eficácia no tratamento da COVID-19 em tetes in vitro e em alguns modelos animais. O medicamento encontra-se agora em ensaios clínicos de fase III, o que significa que sua toxicidade foi aceitavelmente baixa nos ensaios de fase I e II. Na China, está a ser estudado num ensaio randomizado controlado em pacientes com SARS-CoV-2. Alguns dos pacientes evacuados do navio Diamond Princess, no porto de Yokohama, para isolamento em Omaha, Nebraska, também estão envolvidos no teste.
Além disso, um paciente com SARS-CoV-2 confirmado foi tratado em Seattle com Remdesivir IV por via intravenosa e parece ter respondido bem e sem efeitos colaterais. Nada se sabe sobre a passagem do Remdesivir para o leite materno, mas um recém-nascido com Ébola foi tratado com Remdesivir IV e criança não apresentou efeitos adversos.
Philip Anderson, da Faculdade de Farmácia e Ciências Farmacêuticas de Skaggs, Universidade da Califórnia, San Diego, referiu que “nada se sabe sobre a passagem do Remdesivir para o leite materno”.
Para Arthur I. Eidelman, Editor-Chefe de Medicina da Amamentação “as mães infetadas com coronavírus provavelmente já colonizaram o bebé na amamentação, mas a amamentação continuada tem o potencial de transmitir anticorpos maternos protetores para o bebé através da mãe”, pelo que “a amamentação deve continuar com a mãe a cuidadosamente lavar as mãos e a usar uma máscara durante a amamentação, para minimizar a exposição do bebé a uma viral adicional”.
Num artigo sobre os medicamentos mais usados para tratar o coronavírus e a gripe publicado no Breastfeeding Medicine, o jornal oficial da Academia de Medicina do Aleitamento Materno dos EUA, mostra que os fármacos usados para a gripe incluem os inibidores da neuraminidase oseltamivir, peramivir e zanamivir e o inibidor da endonuclease, o baloxavir e que não há informações disponíveis sobre o uso dos medicamentos oseltamivir e o zanamivir durante a amamentação, pelo que não devem ser usados bem como a amantadina e a rimantadina não devem ser usados para tratar a gripe.