Nos últimos anos a Base Naval de Lisboa perdeu uma larga percentagem dos pinheiros cultivados. Foram posteriormente replantados 5 mil pinheiros, no entanto a sua grande maioria foi já afetada pela praga da lagarta do pinheiro, indicou a Marinha.
A Marinha considera que “a monitorização de pragas e doenças é fundamental na manutenção da vitalidade dos povoamentos florestais” e assim definiu uma estratégia de intervenção baseada no controlo das populações de agentes bióticos nocivos, com recurso a meios de luta mais adequados.
A Marinha criou a Operação Chapin, “que consiste em colocar 50 gaiolas artificiais nos 130 hectares de arvoredo da Base Naval de Lisboa.” Com estas gaiolas a Marinha pretende que as aves ocupem estes espaços como ninhos, dado que “a eclosão e desenvolvimento das crias vai decorrer até junho”.
As gaiolas de madeira colocadas no tronco de pinheiros, em postes ou edifícios, permitem simular as cavidades naturais que os chapins e trepadeiras habitualmente usam como ninhos. Estas aves passam a ter espaços ou ninhos para nidificar e uma zona para se alimentar, dado que se tratam de aves insetívoras.
Com esta estratégia de recurso às aves insetívoras como aliadas no combate à praga do pinheiro, será possível “reduzir o uso de inseticidas, beneficiando o ambiente e as explorações agrícolas”.