A eurodeputada Maria da Graça Carvalho foi eleita vice-presidente da Comissão das Pescas do Parlamento Europeu, e já foi confirmada na reunião de 12 de abril. A eurodeputada do PSD tinha sido recentemente nomeada membro-efetivo da Comissão.
A participação na Comissão de Pescas representa para Maria da Graça Carvalho “uma oportunidade de acompanhar em pormenor um setor de enorme importância estratégica para Portugal, mas também para a União Europeia como um todo.”
“É um setor que enfrenta enormes desafios, o maior dos quais a necessidade de se conjugarem políticas que conjuguem a sustentabilidade a longo prazo do mar e dos recursos marinhos com a preservação e valorização das atividades económicas a estas associadas”, refere a eurodeputada.
Comissão das Pescas tem atualmente para debate dossiês “de grande impacto no futuro, não apenas do setor das pescas, mas das diferentes políticas para o Mar, entre os quais a Estratégia de Biodiversidade da União Europeia (UE) para 2030, o impacto do lixo marinho, e muitos outros temas, desde os parques eólicos offshore à sustentabilidade das atividades de aquicultura, passando pela renovação geracional e pelo papel das mulheres na atividade das pescas”, esclarece Maria da Graça Carvalho.
Para a eurodeputada assume que a sua posição como vice-presidente “será a mesma” de sempre, e refere: “Irei bater-me por soluções equilibradas, baseadas no conhecimento científico, que contribuam para preservar e criar emprego e riqueza sem comprometer a sustentabilidade ambiental”.
Maria da Graça Carvalho recorda que, há alguns anos atrás, na Comissão Europeia, esteve envolvida na publicação “Food from the Oceans”, elaborada ao abrigo do Mecanismo de Aconselhamento Cientifico. Um trabalho que “identifica estratégias muito inovadoras para o aproveitamento sustentável dos nutrientes fornecidos pelo mar, nomeadamente ao nível dos nutrientes que não interferem com a cadeia trófica dos grandes predadores, como as algas e o plâncton, não apenas para consumo humano direto mas para a produção de fontes de proteína como os bivalves”.
No anterior mandato de eurodeputada no Parlamento Europeu, e na qualidade de relatora do programa-específico do Horizonte 2020, conseguiu pela primeira vez introduzir uma área independente dedicada à investigação de temas do Mar. Mais recentemente, como relatora da agenda estratégica do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, viu aprovada uma proposta para a criação de uma Comunidade de Inovação e Conhecimento dedicada a todos os temas relacionados com a água, incluindo o mar.
“A minha visão para o setor das pescas e para a generalidade dos recursos marinhos passa muito por esse princípio de encontrar formas inovadoras e sustentáveis de aproveitar a riqueza dos oceanos assegurando ao mesmo tempo a saúde dos mesmos”, conclui a eurodeputada.