Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, revelam que no mês de março foi registado um acréscimo no número de empregados em 11.700 pessoas, ou seja, mais 0,2% relativamente ao mês de fevereiro.
A análise aos dados do INE, do IEFP e da Segurança Social, pela Randstad aponta que o número de pessoas empregadas voltou a ultrapassar 5 milhões de pessoas e tende para atingir um recorde histórico. A população ativa registou um aumento de 6.000 pessoas, o que se deve ao facto de o acréscimo da população empregada ter sido superior ao decréscimo da população desempregada. Neste sentido, a taxa de desemprego diminuiu, face ao mês anterior e também em comparação com março de 2023, ao atingir os 6,5%.
A análise por género revela que em março, 9.600 homens deixaram de estar em situação de desemprego, o que equivale a menos 6,1%. Relativamente às mulheres, registou-se um aumento em 2,0%, o que significa que 3.800 mulheres passaram a estar em situação de desemprego. Em termos de faixa etária, os dados mostram que no grupo dos adultos dos 25 aos 74 anos verificou-se uma diminuição do desemprego, com menos 4.900 pessoas nesta situação. Também no grupo dos jovens dos 16 aos 24 anos foi registada uma diminuição de 1.000 pessoas desempregadas.
A análise interanual mostra que existiu um aumento de 96.000 profissionais face a março de 2023 e que a população ativa cresceu em 81.000 pessoas. Os dados relativos ao período homólogo revelam que o desemprego aumentou nos grupos populacionais de mulheres em mais 8.600 pessoas e jovens em mais 11.300 pessoas e diminuiu no grupo dos homens em menos 22.700 pessoas e também no dos adultos em menos 25.500 pessoas.
Os dados do IEFP mostram em março a mesma tendência ao registarem uma queda dos pedidos de emprego de menos 5.998, num total de 475.268 pedidos de emprego, e de menos 6.392 desempregados registados, num total de 324.616 desempregados registados em relação ao mês anterior. Esta queda mensal do desemprego foi comun a em todas as regiões, com exceção da Região Metropolitana de Lisboa. Destacou-se a queda do desemprego registado no Algarve e no Norte.
A análise da Randstad destaca ainda que, segundo os dados do IEFP, o setor do alojamento e da restauração desempenhou um papel crucial no decréscimo do número de desempregados registados em março. Este setor apresentou uma queda significativa de menos 10,2% em comparação com o período homólogo. Este declínio é sobretudo atribuído ao início do período sazonal associado à época turística em grande parte das regiões do país.
“Estes números mostram uma tendência positiva no emprego, com a diminuição no número de pessoas desempregadas. Isto pode ser explicado pela sazonalidade da época da Páscoa com os setores do alojamento e restauração a terem um peso muito considerável nestes números. Isto é, assistimos a uma maior procura por profissionais desses setores para atender ao aumento das atividades sazonais, o que tem gerado mais oportunidades de emprego e tem contribuído para a redução do desemprego registado”, comentou Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal, citada em comunicado da empresa.