A Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) revelou que, em 2018, foram realizadas 14.790 angioplastias coronárias, nos diversos hospitais do Serviço Nacional de Saúde, sendo 4.093 no norte, 2559 no centro, 6427 em Lisboa, 704 no Alentejo, 262 no Algarve, 406 na Madeira e 339 nos Açores.
“Uma angioplastia coronária é um procedimento médico invasivo, realizado por um cardiologista de intervenção, que tem como objetivo melhorar o fluxo sanguíneo nas artérias coronárias. Este procedimento consiste na desobstrução desses vasos através da implantação de uma rede metálica tubular, o stent. A angioplastia pode estar indicada quando placas de colesterol ou coágulos de sangue obstruem, parcial ou totalmente, as artérias coronárias, comprometendo o seu fluxo”, explicou João Brum Silveira, presidente da APIC.
O especialista acrescentou: “Antes de efetuarmos uma angioplastia é frequente a realização de um cateterismo cardíaco, um procedimento médico invasivo, no qual é inserido um pequeno tubo (cateter) através de uma artéria do pulso ou da virilha até ao coração. Através do cateter é possível injetar contraste diretamente nas artérias coronárias, os vasos sanguíneos que irrigam o músculo cardíaco, permitindo identificar a presença de obstruções, bem como avaliar a sua gravidade. Além de auxiliar no diagnóstico de doenças, como por exemplo a angina de peito, este procedimento pode também ser utilizado em situações de emergência, como no enfarte agudo do miocárdio, permitindo o diagnóstico e a desobstrução imediata da artéria que ficou ocluída”.
Os dados, agora divulgados, pertencem ao Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção (RNCI) que tem como objetivo coletar, de forma contínua, toda a atividade no âmbito da Cardiologia de Intervenção, que ocorre em todos os laboratórios de Cardiologia de Intervenção no território nacional. É da responsabilidade cabe à Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular o seu desenho, implementação, desenvolvimento, acompanhamento e suporte.