Um novo inquérito Eurobarómetro mostrou que mais de dois terços dos europeus consideram que a União Europeia (UE) deve propor medidas adicionais para melhorar a qualidade do ar. Os resultados do inquérito indicam que mais de metade dos inquiridos considera que os agregados familiares, os fabricantes de automóveis, os produtores de energia, os agricultores e as autoridades públicas não estão a fazer o suficiente para promover a boa qualidade do ar.
Karmenu Vella, comissário responsável pelo Ambiente, Assuntos Marítimos e Pescas, referiu: “Na UE, a poluição atmosférica provoca mais de 400 mil mortes prematuras por ano, e a sociedade paga um preço enorme, incluindo em termos de cuidados de saúde, dias de trabalho perdidos e danos nas culturas e nos edifícios”.
O inquérito do Eurobarómetro revelou:
■ A necessidade de uma melhor comunicação sobre a qualidade do ar, especialmente a nível nacional. A maioria dos inquiridos não se sente bem informada sobre os problemas de qualidade do ar no seu país.
■ Mais de sete em cada dez inquiridos, ou seja, 72 % afirmam que a poluição atmosférica é uma questão que deve ser abordada a nível internacional. Mas as abordagens a nível europeu e a nível nacional são ambas defendidas por metade dos inquiridos.
■ A aplicação de controlos mais rigorosos da poluição nas atividades industriais e de produção de energia foi indicada pela maior proporção de inquiridos, 44 %, como a forma mais eficaz de resolver os problemas de qualidade do ar. Esta é a medida mais frequentemente mencionada em 25 Estados-Membros.
■ Mais de 50 % dos inquiridos em todos os países consideram que os agregados familiares, os fabricantes de automóveis, os produtores de energia, os agricultores e as autoridades públicas não estão a fazer o suficiente para promover a boa qualidade do ar.
■ Sete em cada dez inquiridos tomaram, pelo menos, uma medida para reduzir as emissões nocivas para a atmosfera. Isto corresponde a um aumento de oito pontos percentuais em relação ao inquérito de 2017.
■ A principal medida tomada pelos inquiridos, 41 %, foi a substituição de equipamentos antigos com utilização intensiva de energia por novos equipamentos com melhor classificação energética.
■ A maioria dos inquiridos, ou 54 %, não se sente bem informada sobre os problemas de qualidade do ar da UE no seu país.
■ Os inquiridos indicaram que, ao longo dos últimos dez anos, a qualidade do ar se deteriorou, referiram 58 %, do que considerem que se manteve igual, referiram 28 %, ou que melhorou indicaram 10 %.
■ Em comparação com 2017, houve um aumento de 11 pontos percentuais nos inquiridos que partilham da opinião de que se registou uma deterioração da qualidade do ar.
■ Apenas cerca de um terço dos inquiridos, ou 31 %, tinham conhecimento das normas de qualidade do ar da UE. A maioria desses inquiridos, ou 63 %, considera que as normas devem ser reforçadas.
■ Mais de 50 % dos inquiridos creem que as doenças respiratórias e cardiovasculares, bem como a asma e as alergias, são problemas muito graves nos seus países.