Dados recentes do Eurobarómetro mostram que mais de três em cada quatro cidadãos europeus consideram que a moeda única é boa para a União Europeia (UE). Uma opinião que é o maior apoio manifestado ao euro desde 2002.
Os resultados do último Eurobarómetro, relativo à área do euro, indica que 76 % dos inquiridos acha que a moeda única é benéfica para a UE. Trata-se do apoio mais elevado desde que as notas e moedas de euro foram introduzidas, em 2002, representando um aumento de 2 % em relação aos níveis registados no ano passado, que já constituíam eles próprios um recorde. No caso dos portugueses, o Eurobarómetro mostra que o apoio foi de 81%
Do mesmo modo, uma maioria de 65 % dos cidadãos da área do euro considera a moeda comum benéfica para o seu país, sendo este, igualmente, o número mais elevado de sempre. O euro tem o apoio da maioria dos cidadãos dos 19 Estados-Membros da área do euro. O número de portugueses a considerar o euro bom para o país foi de 68%.
União Económica e Monetária e o papel internacional do euro
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker referiu: “Quase 28 anos após ter acrescentado o meu nome ao Tratado de Maastricht continuo convicto de que foi a assinatura mais importante que fiz em toda a minha vida. O euro, com apenas 20 anos, tornou-se um símbolo de unidade, soberania e estabilidade”.
Jean-Claude Juncker acrescentou: “O nível recorde de apoio à moeda única no meu último dia em funções como presidente da Comissão Europeia deixa-me, pois, muito satisfeito. O euro tem sido a luta de toda uma vida e é um dos maiores trunfos da Europa para o futuro”.
Para o vice-presidente Valdis Dombrovskis, responsável pelo Euro e Diálogo Social, e pela Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e União dos Mercados de Capitais, “o euro está hoje mais sólido do que nunca. Ao substituir 19 moedas diferentes por uma só, trouxe grandes vantagens às pessoas, empresas e países. Não é por acaso que a maioria dos europeus apoia o euro. Este apoio recorde dá-nos um mandato claro para consolidar a União Económica e Monetária e reforçar o papel internacional do euro”.
“Longe vão os tempos em que havia dúvidas quanto à integridade da moeda única. O euro é uma das maiores histórias de sucesso da Europa, tendo trazido benefícios tangíveis aos particulares, às empresas e aos governos europeus. Desde a crise e a entrada em funções desta Comissão, conseguimos reforçar a União Económica e Monetária, embora ainda haja muito a fazer. O futuro do euro ainda está por escrever. Temos de garantir que este apoio continua a crescer e que os benefícios do euro são partilhados cada vez mais equitativamente por todos os cidadãos”, referiu Pierre Moscovici, comissário responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, Fiscalidade e União Aduaneira”.
O euro facilita a vida
O euro é uma moeda ainda jovem que acaba de celebrar 20 anos. Os europeus veem, contudo, muito claramente os benefícios práticos que o euro introduziu na vida quotidiana. Quatro quintos do inquérito do Eurobarómetro consideram que o euro veio facilitar os negócios além-fronteiras, a comparação dos preços e as compras efetuadas noutros países, incluindo pela Internet. Uma maioria absoluta na área do euro também considera que a moeda única tornou as viagens mais fáceis e mais baratas.
O euro e a unidade europeia
Mas a moeda única significa muito mais do que as notas e moedas que temos no bolso: é um símbolo da unidade e da força mundial da Europa. Atualmente é já a moeda de 340 milhões de europeus de 19 diferentes Estados-Membros. O euro trouxe-nos a todos benefícios tangíveis: preços estáveis; custos de transação menores; proteção das poupanças; mercados mais transparentes e competitivos; aumento das trocas comerciais; viagens mais fáceis e padrões de vida mais elevados. Cerca de 60 países de todo o mundo têm, de algum modo, a respetiva divisa ligada ao euro.
Os europeus mostram no Eurobarómetro um forte apoio às reformas, com 80% favoráveis à coordenação das políticas económicas e também à supressão das moedas de um e dois cêntimos. De referir que 69 % dos europeus pretendem uma maior coordenação na área do euro, ao passo que apenas 7 % defenderam menos cooperação.
Uma maioria de 65 % dos inquiridos mostra-se favorável à eliminação das inconvenientes moedas de um e dois cêntimos, mediante o arredondamento obrigatório do preço final das compras efetuadas nas lojas e nos supermercados para os cinco cêntimos mais próximos. Em 16 dos 19 países da área do euro esta ideia tem o apoio da maioria absoluta dos inquiridos.