MAAT: Agenda Cultural de final de 2023

Da Agenda Cultural do MAAT 2023 destacamos as exposições ‘Plug-in Joana Vasconcelos’, ‘Álbum de família obras da coleção fundação Carmona e Costa’, ‘O Castelo Surrealista de Mário Cesariny’ e mais três exposições temporárias.

MAAT: Agenda Cultural de final de 2023
MAAT: Agenda Cultural de final de 2023. Foto: Rosa Pinto

EXPOSIÇÕES EM AGENDA

1.De 29 de setembro a 31 de março 2024 | ‘PLUG-IN JOANA VASCONCELOS’ | Local: MAAT Central e MAAT Gallery

Curadoria: João Pinharanda

Joana Vasconcelos apresenta a exposição individual Plug-in no MAAT, que reúne obras inéditas, algumas das peças icónicas produzidas pela artista plástica desde 2000, e obras da Coleção de Arte Fundação EDP, estabelecendo um diálogo entre o património da eletricidade, a tecnologia e as artes plásticas.

Esta exposição contempla as obras Árvore da vida (2023), Drag race (2023), I’ll be your mirror (2019), Solitário (2018), Valkyrie octopus (2015) e War games (2011).

2.De 05 de outubro a 25 de março 2024 | ‘ÁLBUM DE FAMÍLIA OBRAS DA COLEÇÃO FUNDAÇÃO CARMONA E COSTA’ | Local: MAAT Central

Curadoria: João Pinharanda e Manuel da Costa Cabral

Álbum de Família reúne obras da Coleção Fundação Carmona e Costa, a mais extensa coleção privada portuguesa que será apresentada, pela primeira vez, ao público e à crítica. Esta coleção realça a predominância do desenho como disciplina de referência, opção que num país onde a orientação do mercado e dos colecionadores raramente se dirige para esta disciplina, tem sido fundamental na abertura a novos autores e públicos e na sustentação do percurso de outros.

A Coleção é apresentada em dois locais em simultâneo: no edifício MAAT Central e na sede da Fundação Carmona e Costa, ambos em Lisboa.

3.De 05 de outubro a 19 de fevereiro 2024 | ‘O CASTELO SURREALISTA DE MÁRIO CESARINY’ | Local: MAAT Gallery

Curadoria: João Pinharanda, Afonso Dias Ramos e Marlene Oliveira

O Castelo Surrealista de Mário Cesariny apresenta Plug-in, uma exposição que celebra o centenário da figura mais importante do surrealismo em Portugal, Mário Cesariny (1923-2006), assinalando ainda a data histórica dos cem anos da publicação do primeiro manifesto surrealista, por André Breton, em 1924. Esta exposição exige do visitante todo o poder de imaginação que o próprio Cesariny praticava. As obras do artista e as daqueles que afetivamente elegeu para companhia ideal, são apresentadas numa cenografia depurada, ortogonal, sem concessões ilustrativas e decorativas, sobre suportes e espaços neutros, como um conjunto de folhas ou telas brancas.

4.De 05 de outubro a 12 de fevereiro 2024 | ‘CICLÓPTICO PAULO LISBOA’ | Local: MAAT Central

Curadoria: Sérgio Mah

O maat apresenta a Ciclóptico, uma exposição individual do artista português Paulo Lisboa. A exposição inclui uma instalação e vários desenhos maioritariamente concebidos no último ano. A forma circular destaca-se no conjunto das obras, bem como o uso do carvão, cuja aplicação em suportes de alumínio e vidro implica processos morosos e calculados de sedimentação por camadas. Na interação entre o carvão e os seus suportes, importa relevar os possíveis efeitos de opacidade, transparência e reflexo, ou seja, diferentes formas de reação lumínica.

5.De 05 de outubro a 04 de dezembro 2023 | ‘Maria Loura Estevão – S.O.S.’ | Local: MAAT Central

Curadoria: João Pinharanda

A instalação S.O.S. (Sereias O Sirenes) de Maria Loura Estevão toma como ponto de partida o poema homérico Ulisses na Odisseia – e em particular a passagem de Ulisses e seus companheiros pelo território das sereias – para tematizar a poluição sonora do ambiente subaquático e a passagem marítima de migrantes e refugiados pelo Mediterrâneo.

O som é o elemento central da instalação e este estende-se nas dimensões do duplo significado da palavra francesa “sirènes”, que significa sereias e também sirenes – unido no papel que a artista atribui às sereias de Ulisses como sendo as primeiras ecofeministas que soam alertas. O som, aqui, tem o significado de um alarme.

6.Até 10 de junho de 2024 | ‘48 artistas, 48 anos de liberdade’ | Local: Jardins

Curadoria: António Brito Guterres, Alexandre Farto, Carla Cardoso, João Pinharanda

48 artistas, 48 anos de liberdade é o nome da peça que foi criada no dia 10 de junho de 2022 nos Jardins do maat. Esta foi uma intervenção mural coletiva que reinterpreta o Painel do Mercado do Povo realizado pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos a 10 de junho de 1974, em Belém.

A reinterpretação deste mural, com 24 metros de comprimento e 3 metros de largura, contou com a participação de 48 artistas: alguns destes estiveram envolvidos na criação do painel original e os restantes foram artistas que se destacaram ao longo dos últimos 48 anos de democracia em Portugal, que se completaram, sendo que alguns deste grupo integram a exposição Interferências: Culturas Urbanas Emergentes, patente no maat.

Dos artistas que participaram no painel original de 1974, incluem-se Teresa Dias Coelho, Teresa Magalhães, Guilherme Parente, Emília Nadal, Eurico Gonçalves, Sérgio Pombo, José Aurélio e David Evans.

EXPOSIÇÕES PERMANENTES

1.‘A Fábrica da Eletricidade´| Local: Central Tejo

A Central Tejo era uma central termoelétrica, propriedade das Companhias Reunidas de Gás e Eletricidade (CRGE), que abastecia toda a região de Lisboa de eletricidade. Em 1975 foi desclassificada e saiu do sistema produtivo. Ao longo do tempo, sofreu diversas modificações e ampliações, tendo passado por contínuas fases de construção e alteração dos sistemas produtivos. Em 1990 a Central Tejo abriu ao público como Museu da Eletricidade. Após um novo período de obras de restauro dos seus edifícios e equipamentos reabriu definitivamente em 2006.

A sua exposição permanente, designada como Circuito Central Elétrica, apresenta maquinaria original, em perfeito estado de conservação, através da qual se conta a história desta antiga fábrica, bem como a evolução da eletricidade até às energias renováveis. Espaço de ciência de base industrial é um dos polos museológicos mais visitados em todo o país, em especial pelo público escolar.

2.‘Pedro Cabrita Reis — Central Tejo, 2018’ | Local: Jardins

A Fundação EDP encomendou ao artista Pedro Cabrita Reis a obra Central Tejo, erguida em junho de 2018. Foram-lhe apresentadas algumas localizações possíveis, mas Cabrita Reis já sabia exatamente onde queria instalar a peça: num pontão do Tejo em frente à antiga central elétrica, onde atracavam os batelões que forneciam carvão para a fábrica de energia, antes de esta ser convertida em museu. “É um local histórico. Ao fazer-se ali uma obra, ela seria imediatamente parte da história da cidade.”

Para conseguir o delicado equilíbrio entre monumentalidade e leveza, Cabrita Reis recorreu a dois dos seus materiais prediletos — tubos de alumínio e luzes fluorescentes.

Cabrita Reis imaginou duas torres interligadas, livres de qualquer elemento supérfluo, que se fundem com a paisagem e refletem a luz do rio enquanto emanam uma luz própria — como esqueletos luminosos de dois prédios gémeos. Aos olhos do artista, a obra evoca uma “estranha máquina para produzir luz,” e lembra a antiga função da Central Tejo enquanto central elétrica.

Cabrita Reis julga que a sua Central Tejo é já parte integrante da paisagem da beira do Tejo. “Claro que a escultura foi feita para Lisboa e para os lisboetas,” diz. “Mas também foi feita para o rio.

3.‘Lawrence Weiner — Placed on Either Side of the Light, 1999’| Local: Jardins

Após mais de 15 anos itinerantes, desde que foi criada, em 1999, pelo artista norte-americano

Lawrence Weiner, a obra Placed on Either Side of the Light foi permanentemente instalada no passeio ribeirinho em frente ao maat. A peça conheceu diferentes versões expostas em galerias de vários países, incluindo a Alemanha, a Suíça e a Sérvia, tendo tomado diferentes formas adaptadas ao lugar expositivo.

Quando foi adquirida pela Fundação EDP, tornou-se evidente para Weiner a forma que a obra deveria assumir. “Lisboa é conhecida pelas suas calçadas em pedra portuguesa. Vimos um lugar ótimo na calçada, e logo percebemos que tinha de ser ali”, conta o artista. As letras da frase que dá título à obra, em inglês e português, foram feitas em ferro fundido e incorporadas por uma equipa de mestres calceteiros em forma de dois arco-íris que se cruzam no chão, entre a escadaria do edifício concebido pelo estúdio AL_A (Amanda Levete Architects) e o rio Tejo.

“Uma faceta genial de se ser um escultor que trabalha com a linguagem é que não é preciso explicar nada”, diz Weiner. “A obra literalmente fala por si.”

CONFERÊNCIAS/EVENTOS

1.06 de dezembro de 2023 | ‘As Árvores que nos Dão Vida’ | Local: maat

O compromisso de Joana Vasconcelos para com a saúde, o bem-estar e a cura é a razão deste ciclo de conferências. A Árvore da Vida foi uma das escolhas de Fausta Rendall para a ponte entre Arte e Cura.

A árvore tem forte representação e simbologia em muitas culturas e linhas de pensamento. Tida como elemento que liga o céu, a terra e o submundo, é também sinónimo de evolução e regeneração e ilustra ciclos de vida.

2.Até 31 de dezembro de 2023 | ‘WE CARE A LOT’ | Local: maat

Num número especial, realizado em parceria com o maat, a revista Leonorana traz a público um conjunto de conversas que valorizam o cuidado com a saúde mental como prioridade na reflexão em torno da cultura contemporânea. Em alternativa ao paradigma do cuidado centrado no indivíduo como entidade isolada, nele é evidenciado o papel das comunidades onde o indivíduo se integra e encontra um lugar de acolhimento e pertença. Estes diálogos dão a conhecer experiências comunais, de interajuda e de felizes interdependências, ativas nos domínios cultural e artístico.

3.Até 01 de março de 2024 | ‘Meditação do Chacra do Coração. Joana Vasconcelos’ | Local: maat

O compromisso de promover a saúde, o bem-estar e a cura que Joana Vasconcelos assume é o impulso por trás deste evento. A Meditação do Chacra do Coração foi a escolha da artista para fortalecer a união dentro da sua equipa, e agora partilha-a com o público.

Os chacras são centros de energia organizados que desempenham um papel fundamental na captação, assimilação, armazenamento e transmissão da força vital que percorre todo o nosso sistema. Este conceito de como a harmonia entre o ser humano e o universo se manifesta é uma herança valiosa das antigas tradições da medicina oriental.

4.Até 09 de março de 2024 | ‘POWER… sobre!… sob?!… COM’ | Local: maat

As energias masculinas e femininas distinguem-se na sua expressão. O masculino, o executor, é estável e previsível, sendo a vontade, a clareza e o foco características centrais. O feminino, fluído e dinâmico, segue o coração, pelo que se caracteriza por ser imprevisível e não convencional.

Convencionado que masculino se refere aos homens (exclusivamente) e feminino às mulheres (exclusivamente), a desarmonia interna é revelada pelo desequilíbrio de forças nas relações entre homens e mulheres em várias áreas da vida quotidiana. E se as forças se complementassem?

5.Até 09 de julho de 2024 | ‘UM, DOIS e MUITOS. Marta Wengorovius’ | Local: jardins do maat

UM, DOIS E MUITOS,* de Marta Wengorovius, é um método através do qual a artista explora questões que nascem da intuição e da génese do movimento, acentuando as diferentes dimensões de três tipos de dinâmicas: o UM enquanto singularidade e intimidade, o DOIS como cumplicidade e o MUITOS enquanto encontro com a experiência da comunidade.

AGENDA

VISITAS

Público: para todas as idades

Duração: 40-60 minutos

Lotação: máx. 20 pessoas

Preço: 7€ / pessoa

Marcações: visitar.maat@edp.pt

1.Visita Guiada Virtual | Disponível todos os dias, exceto terça-feira | 11h00 – 18h00 | Duração: 60 minutos | Disponível por marcação

Visita-diálogo online às exposições patentes no maat com um/a educador/a do museu que estará em direto no espaço. Uma experiência única onde serão destacadas diversas obras de arte e conteúdos em exposição de forma a promover o conhecimento e a interação, convidando o participante a desempenhar um papel ativo durante a visita.

Todas as visitas virtuais são feitas através da plataforma Zoom.

Cada sessão está limitada a um máximo de 28 participantes.

2.‘Geómetras das Artes’ | Terceiro sábado de cada mês | 16h00 – 17h00 | Bilhetes

Com Susana Anágua, José Santos, Fabrícia Valente, Hugo Barata, Jorge Catarino e Patrícia Trindade.

Na Grécia Antiga, os cientistas e matemáticos dedicavam-se ao estudo da geometria para entender o mundo. A arte também utiliza a matemática, tanto na forma como nas cores e nos materiais. Nesta visita, iremos explorar a obra de arte contemporânea, através da lógica da matemática.

3.‘Visitas Corporate’ | Disponível por marcação

Visitas customizadas para empresas ou instituições, compostas por um programa de percurso temático e/ou uma atividade prática. Tendo a arte, a ciência ou a tecnologia como base de trabalho e técnicas de expressão plástica e criativa como ferramenta, constrói-se um programa pensado de raiz para cada caso, em que a criatividade e a abertura a novas perspetivas servem como motor para a gestão e a inovação nas empresas.

4.Tecnologia – Um Combustível para a Arte | Segundo sábado de cada mês | 16h00 – 17h00 | Disponível por marcação

Com Susana Anágua, José Santos, Jorge Catarino

A palavra “tecnologia” vem do grego e pode ser traduzida como “destreza” e “oficio”. A arte encontra-se desde sempre ligada ao processo da mestria do fazer e, como tal, hoje em dia aproxima-se cada vez mais da tecnologia. Nesta visita, através da obra de arte contemporânea, trabalhamos as questões ligadas à tecnologia no seu envolvimento mais técnico e científico de forma a explorar a relação de entendimento entre o objeto de arte e método científico versus criativo, e os fenómenos da natureza.

5.Arquitetura: maat e Central|Primeiro sábado de cada mês | 16h00 – 17h30 | Disponível por marcação

Com Fabrícia Valente, Maria Ângela da Silva, Maribel Mendes Sobreira, Jorge Catarino, José Santos, Patrícia Trindade, Susana Anágua.

Visitar o maat desperta o olhar para várias linguagens arquitetónicas: a industrial do início do século XX, com a imponente presença da Central Tejo, mas também a contemporânea, que o novo edifício tão bem traduz.

Com uma implementação que merece um olhar atento à geografia do lugar, são muitas as histórias que o rio e a cidade nos foram ditando, em particular a do Grande Aterro de Lisboa, como é popularmente conhecido.

Nesta visita, que propõe um percurso entre o museu e o espaço exterior, as linguagens da arquitetura serão o ponto de partida, abordadas em tónicas diferentes para os diferentes públicos.

6.Visita de arte e ecologia: Partes de Um Todo| Quarto sábado de cada mês | 16h00 – 17h00 | Disponível por marcação

Com Fabrícia Valente, Maria Ângela da Silva, Maribel Mendes Sobreira, Jorge Catarino, José Santos, Patrícia Trindade, Susana Anágua.

O eixo arte e ecologia está entre os temas abordados pelo maat como forma de convidar o museu e seus públicos a pensar e repensar as problemáticas ambientais contemporâneas. Esta visita centra-se em três tópicos, o primeiro é o projeto dos jardins do maat, tanto a nível da forma como da escolha da flora, o segundo é a relação entre arte, arquitetura e natureza, e o terceiro são as obras patentes no museu e as problemáticas ambientais para as quais remetem. A abordagem aos três tópicos é feita em diálogo e no mesmo nível.

7.‘Visita introdução à arte contemporânea: Arte Hoje’| Quarto sábado de cada mês | 16h00 – 17h00 |Bilhetes

Com Fabrícia Valente, Maria Ângela da Silva, Maribel Mendes Sobreira, Jorge Catarino, José Santos, Patrícia Trindade, Susana Anágua.

O que é a arte do nosso tempo? A relação objeto vs. conceito. Como produzem os artistas contemporâneos? E com que objetivos?

Uma introdução às grandes questões da arte do nosso tempo, através de percursos desenhados ao longo das exposições do maat para desconstruir ideias e abrir o diálogo sobre as práticas artísticas dos artistas contemporâneos.

8.‘Percurso Monumental’ | Todos os dias, com exceção das terças-feiras | 13.30 – 18.00| Bilhetes

Venha conhecer a fábrica que iluminou Lisboa — a Central Tejo — e fique a saber mais sobre os fenómenos da energia e os desafios ambientais nesta visita interativa.

9.‘Percurso Monumental + Lab’ | Disponível por marcação

Visite a Central e descubra também as experiências que nos ensinaram a produzir energia elétrica.

10.Percurso Secreto | Primeiro domingo de cada mês | 16h00 | Idades: +12 anos | Duração: 90 minutos | Bilhetes

Nesta visita pode conhecer as zonas da Central Tejo habitualmente fechadas ao público. Descubra os vários andares das caldeiras, a sala dos reóstatos e do tapete de distribuição do carvão, a torre misturadora, o castelo da água, os túneis e outros segredos da central.

11.‘Espaços Acessíveis – Arquitetura’ | Públicos normovisuais e invisuais ou baixa visão | 90 minutos | Disponível por marcação

Com José Santos

Visita sobre a arquitetura do maat, pensada para desafiar o espectador a entender a arquitetura enquanto diálogo da forma, função, espaço e matéria. Pretende-se sensibilizar e dar a conhecer através do som e do tacto, os espaços do museu, os seus materiais e as suas maquetes, de modo que o participante compreenda a complexidade do projeto museológico que está para além do visível.

MAATURIDADES

1.Até 13 de dezembro de 2023 | ‘MAATURIDADES’ | Local: maat

MAATuridades é um programa que convida a população sénior a dialogar com a arte contemporânea e trazer as suas experiências de vida ao museu para um novo debate. A partir das provocações e dos estímulos que o maat oferece, através do seu edifício e da sua programação, as sessões são pensadas de forma a promover a análise de temas atuais numa descodificação feita pelo cruzamento intergeracional. O desafio proposto aos participantes realizar-se-á através de reflexões teóricas e pequenos exercícios práticos que procurem a quebra de preconceitos e novas dinâmicas de estar, aprender e refletir no museu. A voz, a maturidade e a história de cada participante serão a matéria-prima para novas relações espaço-tempo-matéria que cada momento irá procurar.

2.Até 31 de dezembro de 2023 | ‘Roteiro para a saúde mental’ | Local: maat

O maat associa-se ao Manicómio para pensar o papel dos museus na doença mental e na redução do estigma em torno da doença. Os museus podem ser espaços catalisadores de saúde? Como contribuir para a qualidade de vida e a autonomia das pessoas com doença mental?

O “Roteiro para a Saúde Mental” ocupará vários espaços do maat, numa lógica interdisciplinar que cruza a área da saúde com as artes visuais e a arquitetura do museu.

3.Até 31 de dezembro de 2023 | ‘Consultas sem paredes’| Local: maat

As transformações que atualmente ocorrem em cada um de nós, e que resultam do processo de globalização, refletem-se na nossa relação com o espaço, o tempo e os outros. É necessário tomarmos consciência dessas transformações, que surgem de uma forma muda, aparentemente “natural” e que vão substituindo os antigos dogmas por uma evolução não apenas espacial como mental. O pensamento museológico contemporâneo criou condições para um diálogo, um diálogo a três (museu-obra-espectador) e ainda desmultiplicou o espectador em dois, através da intervenção do terapeuta.

4.Marca o Lugar – Alzheimer’ | Sextas-feiras | 11h00– 12h30 | Disponível por marcação

Com Susana Anágua

O programa pretende proporcionar às pessoas com demência e Alzheimer e aos seus cuidadores a oportunidade de participarem na vida do museu. De que forma uma pintura, um som, um livro, a permanência num espaço, num cenário, nos pode impactar?

Tendo por base os acervos museológicos e os temas abordados nas suas exposições, pretende-se reativar memórias através da construção de narrativas individuais e coletivas. Diversos meios artísticos como a pintura, o desenho, a escultura, a expressão corporal, a música e a poesia são veículos de expressão e de mobilização de processos criativos. De que forma comunica e promove a arte uma expressão emocional significativa?

5.‘Atlas do Eu’ | 60 minutos | Disponível por marcação

Com Hugo Barata e Joana Andrade

Partindo da transversalidade de linguagens e dos universos criativos dos artistas contemporâneos, esta visita-oficina desafiam os participantes a conhecer melhor os espaços do maat. Utilizando no terreno diferentes expressões artísticas, do desenho à pintura, da fotografia ao vídeo, da expressão corporal à instalação artística. O conjunto de ações a realizar pode variar de acordo com as características específicas de público, e focam-se também em turmas mistas, incluídas no ensino integrado.