O mais recente livro do Professor Galopim de Carvalho, “Aprender a gostar de saber” editado pela Âncora Editores, tem apresentação agendada para dia 17 de dezembro de 2024, às 17h30, no Átrio do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa.
A apresentação do livro será pelo Professor António Sampaio da Nóvoa, e no final haverá uma atuação do Coro Infantil da Universidade de Lisboa. A entrada é livre.
“Aprender a Gostar de Saber reflete a minha prática como professor, procurando e conseguindo levar os alunos a encontrarem beleza nas matérias em estudo”, referiu Galopim de Carvalho.
Este recente livro do prestigiado professor de geologia vem, como referiu o autor refletir “igualmente o sentido que me pareceu dever dar aos retornos de muitos dos meus mais de 37 000 leitores no Facebook, que, cada um à sua maneira, me têm feito saber que o convívio diário, mantido comigo, através da leitura, têm aprendido a gostar de conhecer matérias que desconheciam, que conheciam mal e, até, aquelas que achavam desinteressantes ou, mesmo, que detestavam”, como “algo no género ‘eu detestava geologia, mas, com os seus textos, aprendi a gostar de tudo o que esta disciplina nos ensina’.”
António Marcos Galopim de Carvalho licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa, em 1959, doutorou-se em Sedimentologia pela Universidade de Paris em 1964 e em Geologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 1969. Lecionou na Faculdade de Ciências até 2001.
Mas Galopim de Carvalho é conhecido pelo trabalho sobre dinossauros e pela defesa e preservação do património cultural e científico. A forma como defendeu as pegadas da pedreira de Carenque, Sintra, onde existia uma jazida paleontológica, com cerca de 200 pegadas, mostraram a sua capacidade científica e de resiliência, levando ao reconhecimento da importância das pegadas como património.
Galopim de Carvalho dirigiu diversos projetos de que são exemplos: “Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã e Pombal” e “Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico Português”. O professor liderou organismos nacionais e internacionais, como a comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO, e colaborou em serviços com os Serviços Geológicos de Portugal, Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.
Galopim de Carvalho foi distinguido por diversas entidades e recebeu pela Presidência da República o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada e o grau de Grande-Oficial da Ordem da Instrução Pública.
