A cidade de Lisboa foi hoje anunciada como a mais recente cidade a integrar o C40, Grupo da Liderança Climática das Grandes Cidades, a mais importante rede de combate às alterações climáticas à escala das grandes metrópoles.
O C40 junta 94 das maiores metrópoles mundiais, como Paris, Londres, Los Angeles, Boston, Milão, Tóquio, Seoul ou Copenhaga, que representam mais de 700 milhões de habitantes e um quarto da economia mundial.
A entrada de Lisboa sucede depois de um longo processo de candidatura, havendo apenas uma vaga para uma cidade europeia, sendo avaliada pelo desempenho e ambição dos compromissos políticos assumidos.
O C40 indicou que em Lisboa, o presidente do Município, Fernando Medina, já assinou o compromisso Prazo 2020 do C40, e que a cidade está a trabalhar para desenvolver um plano de ação climático que seja consistente com as metas mais altas do Acordo de Paris. Lisboa é também a primeira capital do sul da Europa a ser reconhecida como Capital Verde da Europa para o ano 2020.
Em comunicado a Câmara Municipal de Lisboa indicou que “Lisboa aprovou, em 2018, o Plano de Ação para a Energia Sustentável e Clima. Entre outras medidas, este documento compromete a cidade em reduzir as emissões de carbono em 60% até 2030, atingindo a neutralidade carbónica em 2050, e com a diminuição do consumo de água potável em 20% até 2030.”
A C40 indicou em comunicado que “as metas ambientais definidas por cada cidade são monitorizadas pela rede, sendo o seu cumprimento uma condição para a permanência no C40, e as políticas para o combate às alterações climáticas são trabalhadas em conjunto pelos especialistas designados pelas 94 metrópoles.”
As cidades do C40 trabalham de forma concertada para influenciar o processo legislativo, a nível nacional e nas instâncias supranacionais, pressionando a implementação de medidas e metas ambientais mais ambiciosas.
Anne Hidalgo, presidente do C40, indicou que o compromisso das cidades, como Lisboa, para a criação de um futuro sustentável, saudável e próspero é fundamental para cumprir o Acordo de Paris e criar o futuro que queremos.”