Em Lisboa algumas centenas de pessoas participaram hoje, 7 de novembro, numa Marcha pela Justiça Climática. Uma manifestação que vem no seguimento de várias que têm acontecido em várias partes do mundo. A convocatória internacional para esta Marcha destaca que a justiça não será dada pelos líderes mundiais nem pelas grandes corporações mas que apenas o povo pode imaginar e construir um futuro onde todos caibam.
Os manifestantes consideram que ninguém poder escapar aos impactos de uma crise do clima mas sabem que são as pessoas mais pobres as que mais sofrem. Uma crise que consideram ser motivada pelo atual sistema económico e político que é construído na base de injustiças e desigualdades. Há uma opinião generalizada entre os participantes das marchas em todo o mundo de que há vários séculos que as grandes empresas e os governos dos países mais ricos exploram as pessoas e o planeta pelo lucro, sem se preocuparem com os efeitos prejudiciais que causam ao clima e por isso a todos.
Reunidos em Glasgow, na Escócia, na conferência global sobre o clima – COP26, os líderes e especialistas mundiais debatem os principais problemas relacionados com a crise climática global e tentam encontrar uma base de entendimento para algumas soluções. Mas participantes da Marcha Mundial pela Justiça Climática consideram que os eventuais acordos estão dependentes das fracas vontades políticas e dos interesses das grandes empresas.
No entanto, a COP26 pode ser um momento que não deve ser desperdiçado para forçar os lideres políticos e as grandes cooperações a assumirem responsabilidades para algumas mudanças que têm vindo a ser reivindicadas, nomeadamente por cientistas do clima.
Na manifestação em Lisboa, que reuniu diversos movimentos, organizações e partidos políticos, o apelo foi para a necessidade de soluções que envolvam as comunidades locais e internacionais por uma maior justiça climática.