O Contrato Climático apresentado pelo Município de Lisboa à Comissão Europeia que que antecipa para 2030 a meta da neutralidade carbónica, mostrando a ambição de tornar Lisboa numa cidade mais sustentável, resiliente e inclusiva, mereceu da parte da Comissão a sua aprovação e atribuiu à capital portuguesa o selo da Missão Cidades Inteligentes e Climaticamente Neutras.
Para a Comissária Europeia da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Iliana Ivanova, trata-se de “um reconhecimento do trabalho árduo e do compromisso” das cidades para se tornarem “neutras em termos climáticos e melhores lugares para se viver”, e assim criar “uma Europa mais competitiva, verde e justa”.
O Contrato Climático estabelece compromissos e metas, com assunção de responsabilidades partilhadas para a transição climática, com a participação ativa de entidades públicas e privadas, centros de investigação, Organizações Não Governamentais (ONG), cidadãos e toda a comunidade.
Para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, “ver este reconhecimento de que estamos no caminho certo e ser-nos atribuído um selo da Missão só nos pode motivar ainda mais para alcançar o objetivo”.
O Município considera que o impacto de cada uma das entidades nas emissões totais da cidade pode ser limitado, mas como um todo pode ter consequências e limitar ou acelerar a transformação climática de Lisboa, o Contrato corporiza “a ideia de que a cidade precisa de todos no caminho para a neutralidade carbónica”.
“Temos de melhorar em todos os níveis. Continuar a aposta na eletrificação dos transportes, na eficiência energética dos edifícios, na redução de emissões são caminhos obrigatórios que temos de percorrer” acrescentou Carlos Moedas.
Para prosseguir a missão, Carlos Moedas lembrou: “Nós temos iniciativas que são já grandes bandeiras do nosso empenho como são o passe gratuito para a população mais nova e a mais idosa, que visam promover uma mobilidade mais sustentável. Também o aproveitamento das águas não potáveis para rega e lavagem de ruas através dos túneis de drenagem que estão em construção na cidade são bons exemplos para o futuro da cidade”.
Agora, Lisboa passou a ser uma das três cidades portuguesas, juntamente com Porto e Guimarães, selecionadas com outras 97 cidades, para participar na missão da União Europeia de se adaptar às alterações climáticas, através do alcance da neutralidade carbónica em 2030.