A quinta reunião de alto nível entre Portugal e a Argélia, que se realizou em Lisboa, presidida pelos Primeiros-ministros dos dois países, terminou com a assinatura de 13 acordos de cooperação em diversas áreas, incluindo a Formação, a Energia, os Transportes Aéreos, Cooperação entre Portos, e o Ensino da Língua Portuguesa na Universidade de Argel 2.
Ambos os Primeiros-ministros frisaram a qualidade das relações entre os dois países, tendo o Primeiro-ministro, António Costa, referido que “as relações entre os dois países são boas do ponto de vista político e promissoras do ponto de vista económico.”
António Costa indicou que “esta quinta reunião aconteceu num momento particularmente importante em que Portugal, hoje, ultrapassou a crise económica em que vivia e em que a Argélia recupera das dificuldades da baixa do preço do petróleo que introduziu desaceleração na sua própria ação económica.”
“É por isso este o bom momento de unirmos esforços e de reforçarmos a confiança no quadro de relacionamento económico entre as nossas empresas e a Argélia, entre as empresas argelinas e Portugal, de forma a reforçar a nossa relação económica. É por isso que vejo com muita satisfação o facto das Câmaras de Comércio assinarem hoje a constituição de um Conselho Empresarial, assim como, municípios portugueses assinarem acordos de geminação com municípios argelinos”, acrescentou o Primeiro-ministro.
Em termos de concordância politica, António Costa lembrou que Portugal partilha com a Argélia “uma visão comum sobre as relações entre a União Europeia e a África, sobre a importância da estabilização de toda a região do Magrebe e do Sahel” e que os dois países trabalham “em conjunto na luta internacional contra o terrorismo que é uma ameaça internacional ou global que impende sobre todos nós e que requer cada vez mais um trabalho de grande proximidade, e onde a Argélia tem muito a ensinar na prevenção da radicalização.”
Sobre os 13 acordos assinados entre os dois países António Costa frisou a importância para o acordo “que permitirá o ensino da língua portuguesa, desde já, na Universidade de Argel 2” e a possibilidade de continuarem o trabalho para “introduzir o ensino do português, também, no ensino secundário na Argélia.”
Ahmed Ouyahia, Primeiro-ministro argelino, referiu que a reunião permitiu trocar vários pontos de vista e que encontrou “uma muito larga convergência de pontos de vista” sobre questões de interesse para a região “do Magrebe, em geral, e do Sahel”, e sobre a “luta contra o terrorismo.”
“Nós estamos seguros de consolidar os acordos e programas de trabalho na área do ensino superior, na saúde, no trabalho público, no transporte e na energia, assim como na proteção civil”, indicou Ahmed Ouyahia, e acrescentou: “Nós estamos contentes por os nossos países irem concluir hoje ou amanhã um acordo para a criação de um Conselho de Negócios” que irá trazer um conjunto de vantagens às relações entre empresas, pois as empresas portuguesas “são bem-vindas à Argélia.”