
O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, realizam encontro por videoconferência com Primeiro-Ministro da Islândia, Kristrún Frostadóttir, o Primeiro-Ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, e o Primeiro-Ministro do Reino Unido, Keir Starmer, para dar conta da posição do Conselho Europeu para colocar a Ucrânia numa posição de força com vista a alcançar uma paz justa e sustentável.
Os líderes da União Europeia tentam convencer os outros países de que é necessário fortalecer a Ucrânia antes de um acordo de cessar-fogo com a Rússia, ou seja, para a posição defendida pela União Europeia de paz pela força. Como indica o Conselho Europeu, “a paz não deve recompensar o agressor e que a pressão sobre a Rússia deve ser intensificada.”
Os líderes da UE elogiaram a iniciativa da França e do Reino Unido de formar uma coligação de vontades com o objetivo de definir o apoio ao exército ucraniano e as garantias de segurança que os países europeus podem proporcionar à Ucrânia.
Na videoconferência os líderes europeus partilharam que o Conselho Europeu pretende “intensificar os seus investimentos em segurança e defesa”, e referiram um roteiro para garantir que a UE tem uma base industrial de defesa e capacidades de defesa para atuar como uma dissuasão credível, o “Prontidão 2030”
Foram apresentados os mecanismos de financiamento para os investimentos necessários em defesa e as oportunidades para os países parceiros no projeto de meios militares de defesa.
Assim, ao serem libertados até 650 mil milhões de euros nos orçamentos nacionais dos Estados-Membros, e dado que não “haverá condições vinculadas em termos de origem do equipamento de defesa”, então os equipamentos militares dos países parceiros podem beneficiar diretamente dessas verbas.
No recurso às verbas até 150 mil milhões de euros em empréstimos, os líderes europeus referiram que a Noruega e a Islândia já podem participar diretamente, uma vez que são membros do mercado único da UE, e outros países, como o Reino Unido, o Canadá ou a Turquia, podem fornecer imediatamente até 35% de um produto de defesa. Para aumentar a participação industrial para além dos 35%, são necessárias uma Parceria de Segurança e Defesa e um acordo de associação subsequente.
Os participantes na videoconferência concordaram em continuar a coordenar esforços para fortalecer a Ucrânia e aumentar a segurança da Europa. Os governos da Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Japão, que não participaram nesta videoconferência, irão ser posteriormente informados também sobre os resultados do Conselho Europeu de 20 de março.