Partindo de que cerca de 20% das crianças vítimas de morte súbita são encontradas com a cabeça coberta por roupa de cama, Mónica Ferreira desenvolveu na Universidade do Minho (UMinho) um sistema de lençóis que reduz o risco de asfixia em recém-nascidos durante o sono.
O ‘SafetyBabyBed’ mantém os bebés em segurança quando estão a dormir, impedindo-os que deslizem na cama ou puxem os lençóis para cima da cabeça. Um conceito que foi amadurecido no Laboratório de Ideias de Negócio e no Laboratório de Empresas, ambos promovidos pela TecMinho, a interface universidade-empresa da UMinho.
Mónica Ferreira, mãe de dois filhos, desenvolveu ‘SafetyBabyBed’ no seguimento de “um alerta pelos profissionais de saúde sobre o risco de sufocamento de bebés provocado pela roupa de cama”, e pelo conhecimento de “situações de susto” ocorridos com pessoas próximas.
Mónica Ferreira esclareceu: “Sabe-se que os latentes, nos primeiros meses de vida, não têm ainda bem desenvolvido a perceção da obstrução e os reflexos de defesa. O objetivo é que esta solução proporcione aos bebés e aos pais um sono mais tranquilo, diminuindo drasticamente o risco de abafamento.”
O projeto inovador “destaca-se pelo seu design único que impede o bebé de deslizar para baixo dos lençóis, graças a um sistema de retenção/segurança que é ajustável consoante o crescimento e amovível a qualquer momento.
O ‘SafetyBabyBed’ integra “um fecho adaptado para a criança não se destapar durante a noite, mantendo a temperatura ideal. Um conceito que levou à criação da B-Mum, “uma empresa especializada no desenvolvimento de soluções seguras e práticas para pais e filhos.”
O ‘SafetyBabyBed’ está na fase final de patenteamento e encontrando-se também à venda em online e em mais de 20 lojas físicas no país.
A inovação do ‘SafetyBabyBed’ levou-o à semifinal do concurso ‘Acredita Portugal – Novo Banco 2015’, e numa foi iniciativa realizada no âmbito da Capital Iberoamericana da Juventude – Braga 2016 foi apresentado ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Recentemente foi reconhecido com o 1º Prémio do programa ‘Novas Empresas Tecnológicas Têxteis’. Um projeto que tem contado com o apoio da TecMinho, do Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital de Guimarães e do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).