A produção de Natalia Makarova deste bailado clássico do século XIX dá vida a um mundo exótico de bailarinas do templo e nobres guerreiros. A fantasia de Marius Petipa, cuja ação se passa na Índia, conta a história de uma bailarina do templo e do príncipe que a ama mas que acaba por se casar com outra. O célebre «ato branco», à luz da lua – O Reino das Sombras –, é um ponto alto do corpo de baile, em que múltiplas imagens do amor perdido do príncipe o assombram. A coreografia permite que as duas bailarinas em oposição brilhem, enquanto um ídolo de bronze ganha vida num solo estonteante. Em todo o espetáculo, a melodia e os ambientes da música de Minkus estão em perfeita harmonia com a fluidez e precisão da coreografia clássica e o drama do enredo.
La Bayadère foi interpretado originalmente pelo Teatro Bolshoi, em São Petersburgo, em 1877, e ao longo do século XX foi interpretado regularmente na antiga União Soviética. Manteve-se desconhecido do mundo ocidental até 1961, quando o Kirov Ballet realizou uma digressão na qual interpretava a cena O Reino das Sombras. Natalia Makarova era ainda criança quando viu La Bayadère, em São Petersburgo (na altura Leninegrado), tendo criado esta produção em 1980.
Coreografia de Natalia Makarova segundo Marius Petipa
Música de Ludwig Minkus
Orquestração de John Lanchbery
Produção, conceção e realização Natalia Makarova
Cenografia Pier Pier Luigi Samaritani
Figurinos Yolanda Sonnabend
Iluminação John B. Read
Encenação Olga Evreinoff
Mestre de Bailado Jonathan Howells
Mestra de Bailado Samantha Raine
Mestra de Bailado Assistente Sian Murphy
Ensaiadores principais Carlos Acosta, Alexander Agadzhanov, Lesley Collier
Maestro Boris Gruzin
Orquestra Da Royal Opera House
Concertino Sergey Levitin