Em declaração, na sequência da morte de Mário Soares, Jean-Claude Juncker refere que na resistência à ditadura e na luta determinada por uma transição de Portugal para a democracia, “Mário Soares foi símbolo e artífice deste processo”.
“Mário Soares contribuiu para tornar irreversível um processo de democratização que alastraria pelo Sul da Europa e que colocou Portugal, mas também Espanha e Grécia, no caminho da adesão ao projeto europeu, âncora desses valores democráticos”, acrescenta Jean-Claude Juncker.
“O meu amigo Mário nunca virou a cara à luta e às responsabilidades de um democrata. Foi assim naqueles anos difíceis quando a democracia se estabeleceu, com dificuldades, mas com sucesso, em Portugal”, e foi também “quando desempenhou com dinamismo e visão todas as funções que lhe foram confiadas pelo povo português, contribuindo decisivamente para tornar Portugal num membro indispensável da família europeia”, realça Jean-Claude Juncker.
O Presidente da Comissão Europeia termina a declaração referindo: “Mário Soares deixa-nos na altura em que celebramos os 30 anos da adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia onde, sem surpresa, é o seu nome que consta do tratado de adesão”.
“Orgulhosamente português, orgulhosamente europeu, com o seu desaparecimento, Portugal e a Europa perdem um pouco de si”.