Estudo sobre o impacto económico da realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 na economia nacional, realizado pela PwC Portugal, com o apoio técnico do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), aponta para um impacto global estimado entre 411 a 564 milhões de euros, em termos de Valor Acrescentado Bruto, e entre 811 a 1.100 milhões de euros, em termos de produção.
Assente numa metodologia standard (análise input-output), com base nas características da economia portuguesa, informação recolhida pela PwC em fontes públicas, histórico de edições das Jornadas e junto dos organizadores da JMJ Lisboa 2023, foi possível estimar os gastos atribuíveis à organização do maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa.
No estudo são considerandos os gastos de alojamento, alimentação, comércio, transportes e outras despesas dos participantes, assim como o investimento associado à organização do encontro. O estudo abrange os eventos da JMJ entre os dias 1 e 6 de agosto, os Dias nas Dioceses, realizados ao longo do país e que antecedem o encontro em Lisboa, e as estadias adicionais para além dos dias do encontro expectáveis no caso de uma parte dos participantes estrangeiros.
De acordo com JMJ os impactos estimados partem de uma base conservadora, ou seja, com atribuição de valores no limite inferior expectável, quanto ao número de participantes, nível da despesa média diária por participante, prolongamento da estadia por parte dos peregrinos estrangeiros e investimento público associado à organização do encontro (montantes comunicados e/ou adjudicados pelos Municípios de Lisboa, Loures e Oeiras e pela Administração Central), o que prenuncia que o impacto real deverá ficar acima do valor apresentado. As variáveis número de participantes e despesa média diária foram, ainda, sujeitas a análise de sensibilidade.
O estudo de impacto económico não contabilizou efeitos tangíveis que deverão decorrer da aceleração dos projetos de regeneração urbana no Parque Tejo e na frente ribeirinha de Concelho de Loures, bem como de outras pequenas intervenções em recintos do encontro, que deverão gerar benefícios a vários níveis.
A JMJ também indica que não foram contemplados efeitos intangíveis negativos de curto prazo comuns a qualquer evento de grande dimensão, como a sobrelotação dos serviços públicos e dos estabelecimentos e o congestionamento do tráfego em algumas zonas da cidade, nem outros que deverão produzir efeitos económicos positivos a prazo, como a promoção internacional de Portugal como destino turístico e a valorização da imagem do país.