Há uns anos vistas como viaturas somente para trabalho no campo, desconfortáveis e pouco modernas, hoje em dia a realidade é bem diferente. E a Isuzu demonstra isso mesmo com o lançamento desta carrinha de caixa aberta Dmax em várias versões, desde a versão mais citadina até à versão mais ‘campestre’. Mas não se pense com isso que é menos interessante!
Com linhas bem desenhadas, joviais, mas robustas, a Dmax foi pensada para um segmento ainda hoje muito apetecível de um público que a usa em ambiente citadino, mas sem medo de enfrentar os pisos mais adversos.
A Dmax veste-se para este ensaio com o evoluído motor 1.9 diesel com 164 CV, caixa de 6 velocidades, tração 4WD com redutoras e uma cabine longa para 2+1 passageiros.
Relativamente à sua irmã de cabine dupla e cinco lugares, esta, perde em lugares aquilo que ganha em capacidade de carga. Munida do essencial para o trabalho exigente, apresenta um habitáculo bem construído, com bons materiais, com plásticos rijos por todo o habitáculo, mas bem imunes a ruídos parasitas, com bancos sólidos e confortáveis e com bom apoio lateral.
O terceiro banco para o passageiro, devido ao seu desenho, serve essencialmente para viagens curtas.
A posição de condução é correta e a ergonomia também. Perdem-se alguns mimos como o volante com alguns botões para o volume do rádio, mãos livres, cromados e outros requintes no equipamento face à sua ‘irmã’ de 5 lugares. Mas nada que preocupe.
Em estrada, o que se revela muito característico é a vivacidade e disponibilidade do motor, com consumos de fazer ‘corar’ veículos bem mais aerodinâmicos e menos pesados. Médias de 7.4 em estrada aberta, e sem cuidados no consumo, permitem fazer longas viagens com conforto – é certo que esta viatura face ao menor peso na traseira tem tendência a saltitar mais que a sua irmã, mas nada que comprometa.
O comportamento é muito interessante e nunca ficamos com a noção que a traseira nos vai fugir – mesmo quando provocada – e isso denota o cuidado que a marca teve na distribuição de pesos, no chassis, mas também na utilização de dispositivos modernos como o ESP que nos dão garantias redobradas para enfrentar vários tipos de estrada e em várias condições.
Mesmo nalgumas situações em que propositadamente desliguei as ajudas eletrónicas foi fácil perceber o comportamento são e previsível do conjunto – em terra e asfalto – e as derivas controladas, quando muito provocadas.
Em estradões de terra ou com pedra solta o seu comportamento apresentou-se muito salutar. Já a utilização das redutoras revelou-se simples de utilizar e resolveram aquilo para que foram criadas.
Mencionar que, seja qual for a utilização dada, a insonorização interior revelou-se correta, os bancos confortáveis, e com apoio lateral suficientes para uma utilização exigente.
Um outro ponto fulcral da Isuzu é o seu posicionamento comercial impar, com um preço de 27.000 euros.
Autor: Jorge Farromba