O Coordenador Humanitário para o Território Palestiniano Ocupado, das Nações Unidas, Muhannad Hadi, declarou que desde 1 de outubro de 2024, as autoridades israelitas têm limitado cada vez mais o acesso a bens essenciais no norte de Gaza, onde permanecem mais de 400.000 pessoas. Com as travessias de Erez e Erez Oeste a serem fechadas, e que nenhum item essencial foi permitido vir do sul.
Em 7, 9 e 12 de outubro foram emitidas pelas forças israelitas três ordens para as pessoas do norte de Gaza se deslocarem para sul, ao mesmo tempo que as hostilidades continuam a aumentar, levando a mais sofrimento e vítimas civis.
Muhannad Hadi refere que nas últimas duas semanas, mais de 50.000 pessoas foram deslocadas da área de Jabalya, que está isolada, enquanto outras permanecem presas nas suas casas no meio a bombardeamentos e crescentes combates. “Um cerco militar que priva os civis de meios essenciais de sobrevivência é inaceitável”.
“As últimas operações militares no norte de Gaza forçaram o fecho de poços de água, padarias, postos médicos e abrigos, bem como a suspensão de serviços de proteção, tratamento de desnutrição e espaços temporários de aprendizagem. Ao mesmo tempo, os hospitais têm visto um influxo de ferimentos por trauma” descreve Coordenador Humanitário das Nações Unidas.
“Os civis devem ser protegidos, e as suas necessidades básicas devem ser atendidas. Múltiplas rotas de entrada devem ser abertas para suprimentos críticos e uma resposta humanitária segura precisa ser fornecida às pessoas necessitadas onde quer que estejam. Os civis não devem ser forçados a escolher entre deslocar-se e fome. Eles devem ter um lugar seguro para ir, com abrigo, comida, remédios e água. Em Gaza, não há mais suprimentos disponíveis para dar suporte a pessoas recém-deslocadas”, declarou Muhannad Hadi.
O Coordenador Humanitário para o Território Palestiniano Ocupado conclui afirmando que “aqueles que partem devem ter a oportunidade de retornar” e “o direito internacional humanitário deve ser sempre respeitado por todos.”