População iraniana exige, nas ruas de Teerão, responsabilidades e justiça pelo abate do avião da companhia aérea ucraniana “Ukraine International Airlines” no dia 8 de janeiro de 2020 pelas forças militares do Irão.
O avião, um Boeing 737, foi abatido por misseis lançados por engano pelas forças do Irão após ter levantado voo do aeroporto internacional de Teerão com destino a Kiev na Ucrânia com 176 passageiros e tripulantes a bordo que incluíam cidadãos da Ucrânia, do Irão, do Canadá, da Suécia, do Afeganistão, da Alemanha e da Grã-Bretanha.
O Irão já reconheceu que abateu o avião ucraniano com mísseis lançados por engano, e que provocou a morte de todas as 176 pessoas a bordo, e que considerou uma grande catástrofe.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyi, exigiu ao Irão um pedido de desculpas oficial através dos canais diplomáticos, e uma investigação aberta e imparcial com a participação de peritos ucranianos, e o retorno dos corpos de todas as pessoas mortas bem como o pagamento de indeminizações, às famílias das vítimas e à companhia “Ukraine International Airlines”.
Volodymyr Zelenskyi também exige que o Governo do Irão leve à justiça os responsáveis pelo abate do avião civil ucraniano, e “manifestou a esperança de que a investigação seja contínua, sem atrasos nem obstáculos artificiais”, refere nota da Embaixada da Ucrânia em Lisboa.
A nota da Embaixada da Ucrânia em Lisboa refere ainda que “a Ucrânia está disposta a participar ativamente na investigação da catástrofe em conformidade com as normas do Direito Internacional, nomeadamente da Convenção de Chicago”, e nesse sentido enviou “ao Irão uma delegação ucraniana composta por 45 pessoas, da qual fazem parte peritos na esfera da investigação de tais acidentes”.