Os investimentos na Defesa Nacional são necessários para a economia nacional e internacional, e envolvem todos os players da economia, referiu Ana Santos Pinto, Secretária de Estado da Defesa Nacional, nos Open Days PME Connect, a decorrer em Lisboa.
Para a Secretária de Estado o investimento em projetos de Defesa pode e deve resultar em clusters competitivos em diferentes áreas: aeronáutico; espacial e até construção naval. Investimentos em áreas que podem ajudar o país a preparar-se para responder aos desafios internacionais. Ao Estado cabe identificar caminhos e fomentar parcerias.
No mesmo encontro, a decorrer na Casa da América Latina e UCCLA, o Major General Cartaxo Alves, subdiretor da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, referiu: “Um euro gasto na defesa tem de ser um euro gasto no sistema científico e no tecido empresarial”, e esclareceu que é prioridade da Lei de Programação Militar adequar os recursos à capacidade evolutiva do setor militar, e nessa linha “vai haver um forte empenhamento da Defesa Nacional ao nível científico e do tecido empresarial”.
O Major General lembrou também que “a Lei de Programação Militar não é o único instrumento de financiamento”, e indicou que as empresas devem olhar “para outros projetos que podem ser grandes oportunidades para as empresas, e estas estão no Fundo Europeu de Defesa”.
O setor militar tem vindo a desenvolver-se para áreas mais abrangentes e mesmo distintas mas ligadas a um ecossistema que é necessário ao funcionamento da Defesa, como seja, o da compra de equipamentos, o da manutenção e o da modernização, entre outros. Esta abrangência leva, no entender do Major General, a uma maior relação com as empresas e com o tecido empresarial.
Neste âmbito, a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, tem vindo a fazer o registo e verificação de empresas que produzem bens para a Defesa Nacional, e está empenhada em facilitar a relação das empresas nacionais com os destinatários dos produtos ou serviços para que possam inovar, melhorar e adaptar os produtos aos seus fins, bem como contribuir para a concretização de alguns negócios internacionais e o acesso às organizações internacionais, como seja o caso da agência de procurement da NATO, em processos de credenciação e negociação em áreas tão diversas como a construção civil e outras. Assim, o objetivo é criar excelentes oportunidades de negócio para as empresas nacionais.