Investigadores e docentes do ensino superior manifestam-se contra a precaridade na ciência

Investigadores e docentes do ensino superior manifestam-se contra a precaridade
Investigadores e docentes do ensino superior manifestam-se contra a precaridade na ciência

Os investigadores, os trabalhadores científicos e os docentes do ensino superior vão manifestar-se pela integração nas carreiras e pelo termo da precaridade na ciência. A manifestação a nível nacional está agendada para quarta-feira, 23 de outubro de 2024, às 14h30, em Lisboa.

Como divulgado pelo Sindicato Nacional do Ensino SuperiorSNESup, a manifestação de protesto terá início com uma concentração em frente ao Ministério da Educação, Ciência e Inovação, que seguirá para a sede da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e terminará frente à Assembleia da República.

Para os investigadores doutorados está em causa a falta de soluções efetivas e permanentes para a contratação, sendo que apenas 15% dos investigadores com contrato de trabalho estão na carreira, enquanto os restantes têm contrato a prazo.

O SNESup revela que há ainda um grande número de investigadores a trabalhar com bolsas de investigação ou outro vínculo ultra precário, e que mais de 2000 investigadores doutorados vão ver, até final de 2025, os seus contratos chegarem a termo.

O programa atualmente em vigor, o FCT-Tenure, vai cofinanciar apenas 1100 posições para contratações por tempo indeterminado, o que é insuficiente para as necessidades do sistema científico, indica ainda o SNESup.

A manifestação de âmbito nacional é uma iniciativa conjunta de vários sindicatos e associações representativas dos trabalhadores científicos e docentes do ensino superior, que inclui o SNESup, FENPROF, ABIC, STARQ, OTC, Universidade Comum, Precários Inflexíveis, ITQB NOVA Postdoctoral Association, Investigadores da FCUL, Núcleo de Investigadores da NOVA-FCT, Núcleo de Investigadores NinTec e Núcleo de Bolseiros e Investigadores Gestores da Ciência Nova FCSH.