Comissão Europeia e Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP), do Brasil, estabelecem acordo para promover o ingresso de investigadores brasileiros em equipas de investigadores do Centro Europeu de Investigação (CEI), na Europa.
Carlos Moedas, Comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, referiu que “a ciência de ponta é, por natureza, internacional e esta iniciativa irá encorajar ainda mais esta mentalidade. Jovens talentos brasileiros poderão unir forças com bolseiros do Conselho Europeu de Investigação, espalhados por toda a Europa”.
O acordo vai permitir que investigadores de alto nível de nacionalidade brasileira possam levar a cabo visitas de investigação e cooperar com equipas financiadas pelo CEI, no Espaço Europeu da Investigação. O que, referiu Carlos Moedas, irá “beneficiar tanto as equipas europeias como as brilhantes mentes científicas provenientes do Brasil”.
Para Klaus Bock, Vice-Presidente do CEI, trata-se de mais um acordo “que se soma às várias iniciativas internacionais que nos últimos anos foram lançadas pelo CEI com entidades homólogas à volta do globo”, e acrescenta que os “talentos científicos precisam de interagir e cooperar estreitamente. O intercâmbio científico em investigação de ponta é extremamente valioso e pode conduzir a mais avanços científicos, sendo, por isso, benéfico para todos”.
O Conselho Europeu de Investigação é o organismo europeu que seleciona e financia os melhores e mais criativos investigadores de todas as nacionalidade e idades, para dirigirem projetos de investigação baseados na Europa e pelo período de cinco anos.
Este organismo de financiamento contribui também para atrair para o espaço europeu os melhores investigadores de todo o mundo, e dados do CEI indicam que já financiou cerca de 6.500 investigadores de alto nível, em várias fases da sua carreira.
Os investigadores financiados pelo CEI (bolseiros) empregam, em média, durante a implementação do projeto, cerca de seis investigadores, e estima-se que cerca de 18% dos membros destas equipas sejam originários de países não Europeus.