Os sistemas de saúde em todo o mundo enfrentam dificuldades devido à escassez crítica de componentes do kit de teste, incluindo as zaragatoas usadas para recolher amostras e a solução estéril necessária para as transportar. Os kits de teste incluem as zaragatoas, os frascos e o líquido de transporte viral (LTV).
Em face da ameaça de escassez dos kits de teste, uma equipa de cientistas do Wexner Medical Center da Ohio State University, EUA, criou uma “receita” interna para fazer o crucial LTV. O LTV é uma solução salina tamponada da maneira necessária para estabilizar o vírus.
O Wexner Medical Center do Estado de Ohio, trabalhou com professores e técnicos das faculdades de Engenharia e Odontologia da Universidade, na criação e impressão em 3D de mais de 50.000 novas zaragatoas para kits de teste COVID-19 a serem usadas nos hospitais em Ohio, o que vai permitir que mais pessoas sejam testadas, indicou a Universidade de Ohio.
Cada kit de teste usa cerca de 3 ml (cerca de uma colher de sopa) de LTV. Os cientistas criaram mais de 100 litros de LTV, o que é suficiente para 30.000 kits de teste, referiu Peter J. Mohler, vice-reitor de investigação da Faculdade de Medicina da Universidade de Ohio.
“Devido a esse novo meio de transporte viral, milhares de pessoas vão poder ser testadas à COVID-19 que, de outra forma, não teriam essa opção”, referiu Andrew Thomas, diretor clínico do Wexner Medical Center, da Universidade. E referiu que compartilhar a receita do LTV e a solução real com outros sistemas de saúde é essencial para tornar os testes mais amplamente disponíveis.
“Este foi um esforço de equipa em todo o centro médico, universidade e dos colegas em todo o Estado. A crise do coronavírus mobilizou a comunidade científica e fico feliz em ver com que rapidez estamos a trocando ideias sobre o que funciona e o que não funciona”, referiu Peter J. Mohler.
O Wexner Medical Center do Estado de Ohio e o Instituto Battelle já tinham anunciado um novo teste de diagnóstico rápido e sensível desenvolvido para a COVID-19. O Wexner Medical Center está a administrar o novo teste em alinhamento com as diretrizes da FDA. O novo teste rápido permite um tempo de resposta substancialmente mais rápido nos resultados dos testes e maior volume de processamento, o que ajudará a “achatar a curva”.
“Investigadores do Instituto Battelle e do Estado de Ohio continuam a trabalhar todos os dias para refinar a plataforma de testes para aumentar a precisão, velocidade e capacidade. Os testes vão continuar a ser críticos durante o surto e no futuro imediato”, referiu Mohler.
Outro dos produtos em desenvolvimento são novos escudos plásticos de proteção para uso durante a intubação e extubação. Os engenheiros do Estado de Ohio, em colaboração com investigadores da Faculdade de Medicina, fizeram viseiras portáteis para uso durante a intubação e outros procedimentos onde podem ser gerados aerossóis, que permitem ajudar a proteger as pessoas que estão na linha de frente. O dispositivo reduz a necessidade de EPI durante esses procedimentos, conservando esse equipamento vital que é escasso em todo o país.
A Ohio State University indicou que têm a decorrer quase 80 projetos de investigação no âmbito da COVID-19.