O Parlamento Europeu (PE) debate, no dia 25 de outubro, os mecanismos de resposta aos incêndios florestais em Portugal e no norte de Espanha. Os eurodeputados vão discutir com representantes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu medidas para agilizar a mobilização dos instrumentos de resposta de emergência e de financiamento da União Europeia (UE), bem como ações de prevenção dos incêndios e de gestão das florestas que devem ser tomadas para evitar novas catástrofes.
No dia 23 de outubro, na abertura da sessão plenária, às 16h00 de Lisboa, os eurodeputados fazem um minuto de silêncio, em memória das vítimas, consequência dos incêndios que ocorreram em Portugal, nos últimos quatro meses.
Devido aos incêndios florestais em Portugal mais de 100 pessoas perderam a vida e várias dezenas ficaram feridas, algumas em estado grave. Calcula-se que os prejuízos patrimoniais diretos sejam de centenas de milhões de euros, e a reposição da floresta leve várias dezenas de anos a ser reposta. As comunidades rurais, já debilitadas economicamente e pela idade, foram severamente atingidas, centenas de pequenas indústrias desapareceram bem como as pequenas, mas importantes bases de sustento de muitas pessoas.
Para além das perdas de vidas, do enorme golpe na economia local, os incêndios destruíram um dos mais importantes sistemas de proteção contra a desertificação do centro do país, o designado pinhal de Leiria, com mais de 700 anos.
O debate do PE, agendado para dia 25 de outubro, é o segundo que realiza este ano sobre os incêndios em Portugal e Espanha. O primeiro debate ocorreu na sessão plenária de 5 de julho, no seguimento da tragédia em Pedrógão Grande.
Numa perspetiva de política orçamental os eurodeputados podem também debater a possibilidade da despesa necessária às reparações dos prejuízos causados pelos incêndios não ser contabilizada para o défice. Uma questão que foi abordada hoje entre o comissário europeu Pierre Moscovici e a comissão parlamentar dos Assuntos Económicos.