Estudo relativo ao conhecimento da população portuguesa sobre avanços na área da saúde, com enfoque na imunoterapia, mostra que 87% dos portugueses não sabe o que é imunoterapia, no entanto associam este avanço científico ao tratamento do cancro.
O estudo indica que 74% dos que desconhecem o que é a imunoterapia consideram importante obter mais informação. No entanto, 97% indicou que conhece ou que já ouviu falar de quimioterapia.
Dos 13% que conhecem o que é a imunoterapia, o estudo apresenta as percentagens dos que consideram haver vantagens e desvantagens no recurso a esta terapia.
A televisão é a principal fonte de informação sobre a imunoterapia a ser preferida por 36%, seguida pelos amigos com 22%, e a consulta à internet vem em terceiro lugar com 14%.
O estudo foi elaborado pela GFK Metris, a pedido da Roche, e os resultados são ser apresentados no Auditório da Roche, às 15h40 do dia 8 de junho, na 9ª edição da reunião ‘Personalized Health Care in Oncology’, e comentados por Gabriela Sousa, Presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia.
O estudo que envolveu 1216 pessoas inquiridas, com mais de 18 anos e residentes em Portugal Continental, revela que os portugueses desconhecem “o impacto que as novas tecnologias oncológicas têm na vida dos doentes”, com 44% dos inquiridos não o conseguirem identificar, contra 52% que reconhecem um impacto positivo ou até mesmo muito positivo.
O estudo mostra 40% não quer saber de saúde por não dominar os assuntos, enquanto 37% diz que não precisa de saber pois quando é necessário o médico informa-o. Dos que querem saber sobre saúde 86% recorrem ao médico como fonte de informação, mas 66% indica a televisão como fonte de informação para os esclarecimentos que precisa sobre saúde.
A reunião ‘Personalized Health Care in Oncology’ envolve um debate sobre “os desafios, os avanços e as conquistas no diagnóstico e tratamento de tumores como o cancro do pulmão, melanoma, cancro colorretal ou cancro da mama, entre outros temas em destaque.
Na reunião participam especialistas nacionais e internacionais que se juntam a uma plateia de dezenas de outros profissionais de saúde. A imuno-oncologia assume na reunião “o fio condutor, com apresentações e discussões sobre esta forma de tratamento, que se socorre do sistema imunitário dos doentes para ajudar a combater o cancro.”