“A igualdade de género na ciência é vital para construir um futuro melhor para todos. Infelizmente, as mulheres e as jovens continuam a enfrentar barreiras e preconceitos sistémicos que as impedem de seguir carreiras científicas”, afirma António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os atuais impedimentos “priva o nosso mundo de grandes talentos”, tanto mais que “hoje, as mulheres representam apenas um terço da comunidade científica global, obtendo menos financiamento, menos oportunidades de publicação e menos cargos seniores nas melhores universidades do que os homens”.
E em alguns países e regiões no mundo, “as mulheres e as raparigas têm acesso limitado ou inexistente à educação”, que o António Guterres classifica como “um ato de automutilação para as sociedades em causa e uma terrível violação dos direitos humanos.”
Dados da UNESCO indicam que atualmente apenas um em cada três investigadores é mulher. Na educação superior, as mulheres representam pouco mais de 35% dos graduados em campos relacionados com as Ciências e Tecnologias.
“Das alterações climáticas à saúde e à inteligência artificial, a participação igualitária de mulheres e raparigas na descoberta científica e na inovação é a única forma de garantir que a ciência funciona para todos”, refere o Secretário-Geral da ONU.
Mas para deixar de haver disparidade de género é necessário “o desmantelamento dos estereótipos de género e a promoção de modelos que incentivem as raparigas a escolher a ciência”, é necessário também “desenvolver programas para apoiar o avanço das mulheres na ciência e cultivar um ambiente de trabalho que estimule os talentos de todos, incluindo mulheres membros de comunidades minoritárias”.
O Secretário-Geral da ONU conclui: “Mulheres e meninas pertencem à ciência. É tempo de reconhecer que a inclusão promove a inovação e de permitir que cada mulher e rapariga realize o seu verdadeiro potencial.”