Um grupo de grandes empresas mundiais em fornecimento de bens alimentares anunciaram hoje o estabelecimento de uma colaboração com a Companhia IBM para utilização da plataforma Blockchain com o objetivo de fortalecer ainda mais a confiança dos consumidores no sistema alimentar global.
O consórcio envolve a Dole, Driscoll’s, Golden State Foods, Kroger, McCormick and Company, McLane Company, Nestlé, Tyson Foods, Unilever e a Walmart que vão trabalhar com a IBM para identificar novas áreas onde a cadeia de fornecimento global pode beneficiar da plataforma Blockchain. A segurança alimentar é uma questão estratégica de saúde pública mas também de importância para as empresas. A Organização Mundial da Saúde indica que em todo o mundo, todos os anos, uma em cada dez pessoas adoece e 420.000 morrem devido a alimentos contaminados, e as crianças com menos de 5 anos de idade apresentam risco particularmente alto, com 125.000 crianças a morrer todos os anos de doenças transmitidas por alimentos.
Muitas das questões críticas que afetam a segurança alimentar, como a contaminação cruzada, a propagação de doenças transmitidas por alimentos, o desperdício e o custo económico de retirar produtos do mercado, são acentuadas pela falta de acesso à informação e à rastreabilidade dos alimentos.
A identificação do ponto preciso que está na origem da contaminação alimentar pode levar semanas e entretanto estar a causar novos doentes e novas doenças, e para as empresas perda de receita e a serem desperdiçados produtos. Por exemplo, numa recente incidência de salmonelas em papaias nos Estados Unidos da América levou mais de dois meses para ser identificada a fonte de contaminação.
A plataforma Blockchain é uma tecnologia que a IBM indica ser capaz de responder a estes desafios uma vez que estabelece um ambiente confiável para todas as transações.
No caso da cadeia global de fornecimento de alimentos, com recurso à Blockchain, todos os produtores, fornecedores, distribuidores, retalhistas, reguladores e consumidores podem ter acesso a informações conhecidas e confiáveis sobre a origem e o estado dos alimentos, e assim permitir que todos os participantes do ecossistema alimentar possam fazer o rastreio dos produtos contaminados até à sua fonte, num curto período de tempo.
Ao ser feito o rastreio dos alimentos é possível garantir o acesso ao ponto de contaminação, à distribuição dos produtos e aos locais onde se encontram e desta forma fazer a remoção segura de todos os locais incluindo das prateleiras das lojas e impedir a propagação de doenças.
As empresas vão agora juntar-se à IBM para identificar e priorizar novas áreas onde o Blockchain pode beneficiar os ecossistemas alimentares. Este trabalho irá também servir de base para vários projetos pilotos da IBM a serem aplicados na rastreabilidade global dos alimentos.
Marie Wieck, General Manager, IBM Blockchain, indicou que “ao contrário de qualquer outra tecnologia, o Blockchain está a transformar a forma como as organizações colaboram e procuram um novo nível de confiança com base numa única visão da verdade.”
O responsável da IBM referiu: “O nosso trabalho com as organizações de todo o ecossistema alimentar, é com a nova plataforma da IBM, permitir tirar partido do imenso potencial desta tecnologia tão inovadora”, e acrescentou que o objetivo é “passar do conceito para a produção para melhorar a forma como os negócios são efetuados.”