Já anteriormente ensaiado na motorização de 110CV, o Hyundai I30 de hoje, apresentava-se com o motor 1.6 diesel de 136 cv, caixa automática de 7 velocidades, jantes de 17 polegadas, carregamento sem fios do telemóvel, AC automático, câmara traseira de estacionamento, sistema de máximos automáticos, luzes LED, pequeno aileron traseiro (de cor diferente da carroçaria, bem como, os espelhos retrovisores), Alerta de Fadiga do Condutor (DAA, do inglês), Sistema de Assistência à Faixa de Rodagem (LKA, do inglês), Alerta de Colisão Dianteira (FCWS, do inglês), Travagem Autónoma de Emergência (AEB, do inglês). O FCWS utiliza a câmara frontal para detetar qualquer potencial evento de colisão e alerta o condutor para esse perigo. O AEB inicia a travagem de emergência para evitar ou minimizar os efeitos de uma colisão.
Podemos adjetivar vários cenários sobre este modelo, mas a realidade é que o mesmo melhora de cada vez que são incorporadas pequenas novas alterações no modelo, o que é o caso.
O I30 é um sério adversário do Golf e tem-se imposto no mercado não somente pelo design, pela assistência, pelas garantias, pelo produto, mas também pelas suas linhas esculpidas e elegantes que cativam cada vez mais público. Sobressai a sobriedade, a perceção de solidez e robustez, os traços bem definidos e uma estética atraente. Talvez por isso a Hyundai não altera, e bem, o design, incorporando pequenas alterações estilísticas para realçar aquele que já é um bom produto, como seja, a grelha com efeito cascata, os faróis LED, as várias tonalidades de alguns elementos da carroçaria.
Em termos interiores o I30 segue pelo mesmo diapasão, não inventando num interior futurista ou fora dos cânones da industria. Um desenho ‘tradicional’ e elegante, discreto e ergonómico. Materiais de grande qualidade, uma montagem irrepreensível, grande cuidado nos detalhes e soluções tecnológicas avançadas. Os bancos com ótimo apoio lateral oferecem bom espaço para condutor e passageiro, estando o primeiro alinhado com o volante (de excelente pega com os já habituais comandos para controlar rádio, telefone, cruise control e alguns dos sistemas de segurança como o de manutenção na faixa de rodagem). Atrás, o espaço mais que suficiente para três passageiros, onde o ocupante do meio não possui túnel central, e com isso, melhora a sua posição de condução e conforto. As acessibilidades de todas as portas são corretas e amplas e no conjunto interior percebe-se a ampla utilização dos plásticos moles em quase todo o habitáculo.
Não sendo este o modelo mais equipado, faltando, por exemplo, os sensores de angulo morto, travão elétrico, entre outros, no conjunto, o modelo responde por excesso às necessidades da maioria dos condutores.
Em termos dinâmicos foi onde encontrámos maiores diferenças face ao anterior I30 ensaiado. Mesmo optando pelo modo ECO na condução (ao invés do normal ou do Sport), a direção precisa e transmissora do real estado da estrada é uma constante, a solidez do chassis e um comportamento referencial, aliado a uma suspensão firme que balanceia bem a eficácia entre comportamento e conforto. A caixa de 7 velocidades (podíamos optar pela sequencial ou pelas patilhas atrás do volante) muito bem escalonada e com uma boa leitura da estrada.
Os consumos, mesmo sendo acima dos mencionados pela marca, são também atribuíveis à juventude do modelo mas sempre próximos dos 6.3l/100km. Em termos de potência nota-se um maior à vontade do 1.6 Crdi com 136 cv do que com 110 cv, não tanto em cidade mas sobretudo em estrada na hora de realizar ultrapassagens ou de ‘exigir mais’ do motor para uma maior velocidade (diferença de preços na mesma versão ronda os 2.000 euros)
Em termos de preços os mesmos iniciam-se nos 21.400 euros do i30 1.0 T-GDI Comfort aos 30.500 euros do 1.6 CRDi 136cv Style DCT.
Em conclusão, referir que a Hyundai trilha com este modelo, sólidas bases de um produto que se pode tornar uma referência. Bem construído, elegante, com ótimo comportamento, económico e bom espaço interior. Uma interpretação que pode resultar num sucesso!