Depois de dois anos de combate à pandemia de COVID-19, o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), assinala o internamento do primeiro doente com SARS-CoV-2 neste Hospital Amadora-Sintra e o início de uma batalha sem precedentes contra a pandemia em cerca de seis por cento da população portuguesa, que é a que reside nos dois concelhos.
“O balanço dos últimos dois anos revela que as urgências do HFF e os internamentos de doentes COVID-19 em Enfermaria atingiram em alguns momentos, inequivocamente, máximos de toda a região de Lisboa e Vale do Tejo”, afirmou Marco Ferreira, presidente do Conselho de Administração do HFF, citado em comunicado do Hospital.
Os dados do HFF indicam que a 26 de janeiro de 2021, com 385 doentes COVID-19 internados em enfermaria – uma taxa de esforço COVID-19 de 62% do total de camas disponíveis do hospital – registou-se o pico histórico de assistência à pandemia e, entre 14 e 16 de fevereiro desse ano foi atingido o máximo histórico de 42 doentes COVID-19 internados nas unidades de cuidados intensivos COVID-19 do Hospital.
Nos últimos dois anos, o Hospital Amadora-Sintra realizou 78.624 atendimentos no Serviço de Urgência – Área dedicada a doentes respiratórios, 6.039 internamentos de doentes em enfermarias dedicadas à COVID-19, e 644 internamentos em Cuidados Intensivos. Foram ainda realizados 192.466 testes para detetar SARS-CoV-2 (PCR e AG), cuja taxa de positividade foi de 10,2%.
Para combater a pandemia, o Hospital reforçou o parque de equipamentos de diagnóstico e apoio ao tratamento da COVID-19, num investimento de 4 milhões de euros, destacando-se, entre outros, o aumento de ventiladores invasivos e não-invasivos, monitores multiparamétricos, sistemas de infusão, sistemas de endoscopia, um TAC de última geração e dois equipamentos de RX.
O Hospital esclareceu que ao nível do reforço das infraestruturas hospitalares para o combate à pandemia, com o apoio das Câmaras Municipais de Sintra e Amadora, investiu mais de 2,6 milhões de euros, para aumentar o seu nível de assistência à população. Em tempo recorde, o foi construído um novo serviço de urgência dedicado a doentes respiratórios e uma nova unidade de cuidados intensivos, e está neste momento em fase de finalização da requalificação da urgência pediátrica (COVID) e unidade de cuidados intensivos pediátrica. Foi ainda criada uma nova área para a Farmácia de Ambulatório e o reforço da rede e tanques de oxigénio medicinal.
“A realidade vivida nos últimos dois anos foi o maior desafio que o HFF enfrentou nos seus 26 anos de história. Só a resiliência e o empenho dos seus profissionais, aliados a uma resposta flexível a nível da utilização dos espaços e da gestão dos recursos humanos, permitiram ultrapassar os desafios colocados, vaga após vaga, pela COVID-19”, disse Marco Ferreira, presidente do Conselho de Administração do HFF.