O Instituto de Investigação Clínica e Biomédica (iCBR), da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) passa a ser dirigido pelo investigador Henrique Girão. Uma nova liderança que pretende promover uma maior troca de ideias e experiências, fomentando a criação de projetos colaborativos inovadores e disruptivos, aproximando a comunidade clínica e investigadores, ao mesmo tempo tirar proveito da complementaridade de competências e recursos existentes entre estas duas dimensões da investigação em (bio)medicina.
“No iCBR-FMUC existe uma estreita articulação com a comunidade clínica: o objetivo é estudarmos novos mecanismos de doença e, com base nisso, encontrarmos novos alvos terapêuticos. No fundo, queremos levar a cabo uma abordagem transversal e holística, que nos permita abordar todas estas questões, desde a molécula até ao homem, criando, assim, condições que sustentem a translação do conhecimento adquirido, em benefício dos doentes: a doença, os doentes e a sociedade são o mote da nossa investigação”, refere Henrique Girão, citado em comunicado do Instituto.
Dotado de mais de cem investigadores integrados doutorados, o iCBR-FMUC assenta em cinco grandes áreas: Envelhecimento, Ciências Cardiovasculares, Ciências da Visão, Neurociências e Meio Ambiente, Genética e Oncobiologia. Um conjunto de recursos humanos considerado de “excecional qualidade”, o que leva o Henrique Girão a acredita que “é possível, com vontade, esforço e empenho, fazer do iCBR-FMUC uma unidade de investigação de excelência, de acordo com os mais exigentes padrões de qualidade a nível internacional”.
Para o novo Diretor do iCBR-FMUC um outro objetivo para a sua liderança é a captar e reter talentos e uma maior proximidade à sociedade civil e a agentes económicos. Para estes objetivos Henrique Girão referiu: “É fundamental que sejam criadas condições para atrair e reter jovens talentos e promover um maior envolvimento com a sociedade civil. A ciência já não se faz só para os cidadãos, mas com os cidadãos. Por isso, é fundamental uma estratégia que promova uma maior proximidade com os cidadãos.”
“Além disso, temos também prevista uma reorganização do instituto, por forma a fomentarmos uma maior participação dos agentes económicos, enquanto agentes empreendedores. A ideia é a de que representantes da sociedade civil e do mundo empresarial passem a fazer parte integrante das nossas estruturas de estratégia científica da instituição”, acrescentou o investigador.
O investigador, para além de liderar do Instituto, exerce funções na área do ensino, gestão e investigação. O seu conhecimento nas diversas funções permite-lhe olhar para uma Escola Médica como uma instituição cuja missão passa por “preparar os cidadãos para os problemas, desafios e oportunidades que o avanço científico e tecnológico oferece”.
Henrique Girão referiu que é necessário “descer do nosso pedestal e, de pés bem assentes na terra, aproximarmo-nos da sociedade, para perceber as suas inquietudes, os seus anseios e as suas expetativas, disponibilizando os nossos vastos e qualificados recursos para ajudar a resolver problemas que assolam e atormentam as pessoas”.
Para além da Direção do iCBR, Henrique Girão mantém ligação à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra onde exerce, entre outras, funções de Subdiretor para a Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Co-Coordenador da Área Cardiovascular, Coordenador do Programa de Doutoramento em Ciências da Saúde e do Mestrado em Investigação Biomédica, Diretor do Laboratório de Microscopia e Bioimagem e do Laboratório de Comunicação em Saúde. No Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB) da Universidade de Coimbra, consórcio que reúne o iCBR e o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), Henrique Girão é Membro do Conselho Científico, Membro da Comissão Executiva e Coordenador do Grupo de Cardiologia Celular e Translacional (CARDICT), uma equipa multidisciplinar que integra clínicos, ligados à área cardiovascular, e investigadores.