A Comissão Europeia anunciou hoje os finalistas dos Prémios Capital Verde da Europa e Folha Verde Europeia. Prémios que reconhecem os esforços notáveis das cidades para melhorar o ambiente de vida dos cidadãos e para estimular novas atividades de transformação rumo a uma transição ecológica.
Os três finalistas do Prémio Capital Verde da Europa para 2025 são as cidades de Graz, na Áustria, Guimarães, em Portugal e Vílnius, na Lituânia.
O prémio Capital Verde recompensa os esforços a nível local para melhorar o ambiente e, por conseguinte, a economia e a qualidade de vida nas cidades com mais de 100.000 habitantes.
O prémio é atribuído anualmente a uma cidade que incentiva uma vida urbana respeitadora do ambiente.
As cidades de Treviso, na Itália, e Viladecans, em Espanha, foram pré-selecionadas como finalistas para o prémio Folha Verde Europeia 2025, que reconhece os esforços em matéria de desenvolvimento sustentável das pequenas cidades, de 20.000 a 99.999 habitantes.
Os finalistas anunciados foram escolhidos com base em sete indicadores ambientais para os prémios Capital Verde e Folha Verde.
Em outubro, o júri irá analisar globalmente a visão e governação a nível ambiental das cidades finalistas, bem como sobre a estratégia de comunicação prevista em caso de vitória. As cidades vencedoras serão reveladas no dia 5 de outubro de 2023 na cerimónia de anúncio dos prémios, em Taline.
A cidade vencedora irá receber um apoio de 600 mil euros para implementar uma estratégia de sustentabilidade. Para o município de Guimarães a cidade está cada vez mais perto de se tornar Capital Verde Europeia 2025.
Para Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, o caminho da sustentabilidade ambiental da cidade começou em 2013, e referriu: “Foi o grande desafio que abraçámos até hoje – proteger a biodiversidade, propor uma economia baseada nos princípios da ecologia, aumentar as áreas verdes, limpar os rios, melhorar a qualidade da água e do ar, investir numa mobilidade mais suave e descarbonizada e em territórios e comunidades com uma consistente consciência ecológica. E tudo isto com o desenvolvimento, com as empresas, com a cultura, com as escolas, com as juntas de freguesia”.
Também Adelina Pinto, presidente do Laboratório da Paisagem, vice-presidente do Município de Guimarães e vereadora responsável pela candidatura a Capital Verde Europeia, referiu: “Guimarães é uma cidade que pensa, que se foca e que cria condições para a realização dos seus objetivos”.
“A criação do Laboratório da Paisagem, em 2014, um espaço dedicado ao Ambiente, que alia investigação, educação e intervenção no território, permitiu um caminho inovador, assente na investigação, um caminho educador, assente no PEGADAS e na educação ambiental e um caminho de intervenção direta no território, juntamente com as associações, com as juntas de freguesia, com as Brigadas Verdes e com as empresas”, refere. A responsável destaca, ainda, “o papel deste trabalho conjunto – para o qual contribuíram instituições parceiras, técnicos municipais e especialistas – na criação do ecossistema para uma mudança efetiva no território”, esclareceu Adelina Pinto.
O Comissário Europeu para o Meio Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, sublinhou: “Com a maior parte dos europeus a viver em áreas urbanas, as cidades são essenciais para fazer frente a uma crise tripla de alterações climáticas, poluição e perda de biodiversidade”.