Dados divulgados pelo Ministério da Saúde (MS) indicam que até ao dia 19 de fevereiro, foram adiadas 5031 cirurgias, ou seja, 46% das cirurgias previamente agendadas, nos dez hospitais em que foram decretadas as duas últimas greves de enfermagem.
O MS indicou que “os hospitais vão agora proceder ao reagendamento das cirurgias que não foram realizadas neste período de greve.”
“A 25 de janeiro, na sequência da primeira greve cirúrgica decretada para o período entre 22 de novembro e 31 de dezembro de 2018, tinham sido realizadas 3557 (46%) das 7755 cirurgias canceladas e tinham sido reagendadas 3229”, indicou o MS.
O MS indicou também que prevê que as reuniões negociais com as estruturas sindicais sejam retomadas até aos primeiros dias de março, e que essas reuniões incidem em temas como a organização do tempo de trabalho e a avaliação de desempenho. E lembrou que as negociações “relacionadas com a revisão da carreira de enfermagem foram encerradas a 30 de janeiro.”
“A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) retomará as reuniões destinadas à celebração do acordo coletivo de trabalho, cuja negociação decorre desde novembro de 2018”, informou o MS, e que “a Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) e o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) solicitaram idêntico processo negocial, estando em curso a assinatura do respetivo protocolo.”
O MS indicou ainda que “o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) solicitou esta semana uma nova reunião sobre outros assuntos.”