Para Portugal poder assumir uma luta contra a crise climática deve, entre outras ações, “proibir a exploração de gás natural na Batalha e em Pombal” e “chumbar o plano do troço do gasoduto previsto para atravessar os distritos da Guarda e Bragança”, indicou José Carlos Costa Marques, presidente da Associação Campo Aberto.
Para o responsável da Associação “as autoridades devem declarar no país o estado de emergência climática, como já o fez o Reino Unido e a Irlanda”.
O movimento estudantil que alerta para a crise climática e que teve origem na iniciativa da sueca Greta Thunberg, tem vindo a ser reforçado em todo o mundo, e em Portugal pode, no entender da Associação Campo Aberto, ser ampliado com a segunda “Greve climática estudantil” marcada para sexta-feira, dia 24 de maio.
José Marques referiu, em comunicado, que a Campo Aberto e muitos outros movimentos e associações ecoambientais exige que Portugal abandone a produção de energia termoelétrica a carvão, encerre as centrais do Pego e de Sines, e altere a desastrosa política florestal que tem conduzido a uma redução anual e progressiva do sequestro líquido de carbono, e ainda que se adote uma política eficaz que permita reduzir efetivamente os 4.173.980 veículos a gasóleo e os 2.181.672 veículos a gasolina que circulam em Portugal, números de 2017, do Instituto Nacional de Estatística.
É necessária uma nova política para ultrapassar a manifesta incapacidade em reduzir a emissão dos gases com efeito de estufa, indicou o responsável da Associação, e acrescentou que Portugal deve abandonar “a política que permite a prospeção e extração de combustíveis fósseis no seu território e nos seus mares”.