A multinacional tecnológica GMV, fornecedora de engenharia, desenvolvimento e integração de sistemas nos setores Aeroespacial, Defesa, Sistemas Inteligentes de Transporte (ITS) e tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), adquiriu um novo espaço de 6.500 metros quadrados, com capacidade para mais 350 colaboradores, no Parque Tecnológico de Madrid, para aumentar as instalações.
A GMV estabeleceu a sede da empresa em Tres Cantos, Madrid, e tornou-se uma das primeiras empresas a fazer parte do Parque Tecnológico de Madrid. Atualmente, e depois de várias ampliações, a GMV possui instalações com uma área de 10.325 metros quadrados com capacidade para mais de 750 colaboradores. O conjunto constituído por dois edifícios vai permitir albergar os serviços corporativos, a maior parte das atividades de Espaço, Defesa e Segurança, assim como grande parte das atividades de outros setores como Cibersegurança, Saúde, Telecomunicações e Tecnologias de Informação para Administração Pública e grandes empresas.
As instalações assentam numa conceção moderna dos espaços e áreas de trabalho colaborativo, incluindo espaços que baseados na última tecnologia e orientados para o conforto e a eficiência energética. O novo edifício com três pisos equipados e maioritariamente utilizados como escritórios, vai possuir zonas de acesso restrito para o desenvolvimento de projetos classificados ou de informação sensível, assim como uma sala tempest, ou seja, uma sala com blindagem eletromagnética, cujo propósito consiste em eliminar as emissões eletromagnéticas e assegurar a privacidade de infraestruturas informáticas consideradas críticas.
A GMV tem vindo a apresentar um crescimento contínuo nas várias áreas de atividade, e a faturação tem vindo a aumentar, ano após ano, bem como o número de colaboradores e de projetos. A empresa terminou o ano de 2017 com 1631 empregados, dos quais mais de metade desenvolve a sua atividade nas instalações centrais no Parque Tecnológico de Madrid.
Nos últimos anos, a empresa cresceu de forma significativa no setor espacial tornando-se uma referência global em áreas como a navegação por satélite ou centros de controlo de satélites, onde se mantém como principal fornecedor mundial de sistemas de controlo terrestre (Ground Control Systems – GCS) para os diferentes operadores de satélites comerciais de telecomunicações.
A liderança no mercado espacial faz com que a GMV esteja presente nas novas iniciativas que estão a ser implementadas no setor e apresenta estratégias claras sobre as novas atividades que se apresentam no âmbito dos grandes programas espaciais europeus, como o Galileo, Copernicus ou o projecto SST para a vigilância e seguimento de lixo espacial.
No âmbito do programa Galileo, além de fornecer vários elementos-chave do segmento terrestre, como o sistema de sincronização de relógios e órbitas ou o sistema de controlo orbital, a GMV é atualmente responsável pelos serviços de fornecimento de referência geodésica e de tempo (GRSP e TSP). A empresa colidera o desenvolvimento do Centro de Serviços de Navegação por Satélite (GSC) da União Europeia, lidera o desenvolvimento do Canal de Retorno (RLSP) do Serviço de Procura e Resgate (SAR) do programa, assim como o desenvolvimento da plataforma de demonstração do Serviço Comercial (CS) do Galileo e o desenvolvimento do Centro de Referência (Galileo Reference Center – GRC) que avaliará as prestações do sistema num futuro não muito distante.
Em 2018 a GMV concorre ao contrato da Comissão Europeia (CE), gerido através da Agência Espacial Europeia (ESA), para o desenvolvimento do Centro de Controlo de Galileo, que conta com um orçamento inicial superior a 100 milhões de euros. No caso de vencer o concurso a GMV vai dispor de uma nova sede convenientemente equipada para acolher a infraestrutura e a equipa de trabalho necessária para o desenvolvimento da atividade.
Independentemente da eventual adjudicação do centro Galileo a GMV prevê para os próximos anos um ritmo de crescimento semelhante ao dos anos anteriores ou até superior. Esta previsão levou a empresa a tomar a decisão de expansão das instalações.