Germano Almeida venceu o Prémio Camões 2018. O escritor nasceu na ilha da Boavista, Cabo Verde, em 1945. Licenciou-se em Direito em Lisboa e exerce advocacia. Como escritor estreou-se como contista no início da década de 80, colaborando na revista Ponto & Vírgula.
A obra de ficção de Germano Almeida representa uma nova etapa na história literária de Cabo Verde. Uma obra publicada em Portugal pela Caminho. De entre os títulos destaca-se ‘O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo’, que vários países já compraram os direitos, e está publicado no Brasil, em Itália, em França, na Alemanha, na Suécia, na Noruega e na Dinamarca.
A obra de Germano Almeida foi já passada para o filme “O Testamento do Senhor Napumoceno”, um filme premiado no Brasil e no Paraguai.
Para além da ‘O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo’, de 1991, possui entre obras “O dia das calcas roladas (1982); O Meu Poeta (1989); A morte do meu poeta (1998); A Família Trago (1998); Estórias contadas (1998); Estórias de dentro de Casa; Dona Pura e os Camaradas de Abril (1999); As memórias de um espírito (2001); Cabo Verde – Viagem pela história das ilhas (2003); O mar na Lajinha (2004); Eva (2006); A morte do ouvidor (2010); De Monte Cara vê-se o mundo (2014).
O Prémio Camões, instituído por Portugal e pelo Brasil em 1989, é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. Com a sua atribuição, é prestada anualmente uma homenagem à literatura em português, recaindo a escolha num escritor cuja obra contribua para a projeção e reconhecimento da língua portuguesa.
O júri da 30ª edição do Prémio Camões foi constituído por Maria João Reynaud, Professora jubilada da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Portugal); Manuel Frias Martins, Professor jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Portugal); Leyla Perrone-Moisés, professora emérita da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (Brasil); José Luís Jobim, professor aposentado da Universidade Federal Fluminense e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Brasil); pelos PALOP, Ana Paula Tavares, poeta e Professora de Literaturas Africanas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (Angola); José Luís Tavares, poeta (Cabo Verde).
O Prémio Camões foi já atribuído, por ordem cronológica, a Miguel Torga (Portugal), João Cabral de Mello Neto (Brasil), José Craveirinha (Moçambique), Vergílio Ferreira (Portugal), Rachel de Queiroz (Brasil), Jorge Amado (Brasil), José Saramago (Portugal), Eduardo Lourenço (Portugal), Pepetela (Angola), António Cândido (Brasil), Sophia de Mello Breyner Andresen (Portugal), Autran Dourado (Brasil), Eugénio de Andrade (Portugal), Maria Velho da Costa (Portugal), Rubem Fonseca (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Lygia Fagundes Telles (Brasil), Luandino Vieira (Angola), António Lobo Antunes (Portugal), João Ubaldo Ribeiro (Brasil), Arménio Vieira (Cabo Verde), Ferreira Gullar (Brasil), Manuel António Pina (Portugal), Dalton Trevisan (Brasil), Mia Couto (Moçambique), Alberto da Costa e Silva (Brasil), Hélia Correia (Portugal), Radouan Nassar (Brasil), Manuel Alegre (Portugal).