Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que pelo menos 166 palestinianos foram mortos pelas forças israelitas na Faixa de Gaza, nas últimas 24 horas, e outros 384 ficaram feridos. O que eleva o número de mortos palestinianos desde 7 de outubro para 20.424 e para 54.036 o número de feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês) indica que a situação na Faixa de Gaza é de catástrofe e que sem água segura, comida e saneamento suficientes, as mortes de crianças devido a doenças podem rapidamente superar as que já foram mortas em bombardeamentos.
A insegurança alimentar é aguda e coloca todas as crianças com menos de cinco anos na Faixa de Gaza, cerca de 335.000, em alto risco de desnutrição grave e morte evitável, à medida que o risco de condições de fome continua a aumentar.
A UNICEF estima que, nas próximas semanas, pelo menos 10.000 crianças com menos de cinco anos sofrerão a forma de desnutrição com maior risco de vida, conhecida como emaciação grave, e necessitarão de alimentos terapêuticos.
Trata-se de um risco inaceitável que surge num momento em que os sistemas alimentares e de saúde da Faixa de Gaza enfrentam um colapso total, descreve a UNICEF. Mais de 80% das crianças sofrem de pobreza alimentar grave e mais de dois terços dos hospitais já não funcionam devido à falta de combustível, água e suprimentos médicos ou porque sofreram danos irremediáveis por bombardeamentos e outros ataques.
A UNICEF também indica particular preocupação com a nutrição de mais de 155 mil mulheres grávidas e lactantes, bem como de mais de 135 mil crianças com menos de dois anos, dadas as suas necessidades nutricionais específicas, que são agravadas pelo stress e pelo trauma.
Para proteger as crianças em Gaza, a UNICEF pede um cessar-fogo humanitário imediato e duradouro.