Está a decorrer até dia 17 de março o exercício anual REAL THAW 2017 (RT17). O exercício da Força Aérea (FA), tem como objetivo avaliar e certificar a capacidade operacional da FA proporcionando treino conjunto multinacional. Prepara os militares para missões internacionais em cenários operacionais.
No R17 estão envolvidos os três ramos das Forças Armadas portuguesas e vários meios e forças da NATO, nomeadamente da Bélgica, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França e Holanda. A força envolvida vai permitir o treino, a qualificação e o aprontamento das unidades aéreas e respetivas tripulações.
O exercício realiza-se no espaço nacional e para isso foi criado um cenário fictício que recria um ambiente realista próximo dos teatros operacionais atuais. O cenário fornece os requisitos para operações aéreas, navais e terrestres e as condições de interoperabilidade com forças de outros países.
De acordo com a FA, no exercício estão evolvidos mais de 1000 militares e 35 aeronaves, sendo a área total de operações, no conjunto de mar e terra, superior a 192 mil metros quadrados. O RT17 é coordenado a partir da Base Aérea Nº11, em Beja, onde se encontra estacionada a maioria dos meios aéreos e terrestres participantes. As instalações do Aeródromo Municipal de Seia estão também integradas no exercício como ‘Base Aérea Tática’, servindo de unidade de apoio às operações realizadas na zona centro e norte do país.
Desde que este tipo de exercício teve início, em 2009, regista a participação frequente do Corpo de Fuzileiros, pelo que no R17 é assinalada pelo sétimo ano consecutivo a presença do Destacamento de Ações Especiais (DAE) e, pela quinta vez, de uma Força pertencente ao Batalhão de Fuzileiros n.º2 (BF2), informou a Marinha.
No R17, como nos anteriores exercícios, verifica-se “a integração de várias unidades navais da Marinha, quer de forma isolada quer integradas em força naval, que permite exercitar, entre outras disciplinas tradicionais da guerra naval, a condução de operações anfíbias com o apoio e ou a simulação de ameaça aérea.”
A Marinha indica que “o DAE centra a sua atividade na inserção de equipas de operações especiais por envolvimento vertical, recorrendo, por exemplo, a saltos operacionais de grande altitude e, também, nas técnicas de extração de militares ou civis isolados na retaguarda das linhas inimigas, garantindo o apoio a ações diretas com snipers a bordo das aeronaves participantes.”
No atual exercício de treino R17 “a participação do BF2 é materializada pela Força de Fuzileiros n.º3 (FFZ3) que se encontra pronta para emprego em todo o espetro de conflito”. O treino da FFZ3 durante a semana “incidiu na projeção, por meios aéreos, de alguns dos elementos orgânicos com a condução de um assalto ao aeródromo de Seia e a condução de operações de proteção a colunas motorizadas com apoio aéreo próximo, integrando na sua estrutura um Joint Terminal Attack Controller/Forward Air Control (JTAC/FAC) para coordenação destas operações conjuntas.”
Na segunda semana do exercício, a Marinha indica que, “para além das atividades previstas no âmbito do Visitors Day, será conduzida essencialmente uma incursão anfíbia na área litoral de Sines com projeção de um grupo avançado a partir do NRP Bartolomeu Dias, e o NRP Bérrio, que é o navio-chefe da operação. Nos navios irão embarcar respetivamente os comandantes da Força Anfíbia e da Força de Desembarque.
A Marinha considera que “a participação dos Fuzileiros no exercício RT17 constitui uma excelente oportunidade para manter alguns padrões de prontidão que exigem o emprego ou o apoio de meios aéreos nas operações que conduzem, ainda mais valorizado pelo intercâmbio com forças internacionais que também participam neste treino.”