Os cartões bancários continuam a ser usados cada vez mais nos pagamentos de retalho. Em Portugal, dados do Banco de Portugal indicam que em 2018, foram utilizados em 86,6% das transações. A Polícia de Segurança Pública (PSP) alerta para as formas mais comuns de recolha (fraudulenta) dos dados da banda magnética, do PIN do cartão ou da retenção do dinheiro.
A PSP refere, em comunicado, que os “métodos baseiam-se essencialmente na criação de peças de ATM muito idênticas às originais”. Estas peças “são sobrepostas e permitem a recolha dos dados, através de um segundo dispositivo de leitura da banda magnética, da gravação do PIN através de teclado falso, ou mesmo da gravação do ato de marcação do código com microcâmaras”.
“Existem também métodos de retenção do cartão bancário ou do próprio dinheiro, com o objetivo de que o proprietário interprete que ocorreu algum erro e que ficaram retidos no interior da máquina”, esclarece ainda a PSP.
A Polícia indica como exemplo uma situação ocorrida no dia 21 de agosto de 2019, em Lisboa, “onde foi detetado um sistema de clonagem de cartões, composto por leitor de banda magnética e dispositivo de gravação de imagem, para registo do código PIN”.
Para que utilizador possa tentar prevenir ser vítima de fraude a PSP aconselha:
1. Ao dirigir-se ao ATM, verifique a presença/proximidade de indivíduos suspeitos com eventual interesse nas suas movimentações.
2. Observe atentamente o ATM, de forma a tentar perceber se existe alguma anomalia na estrutura, como peças soltas, cor do plástico “diferente”, teclado e ranhura de introdução do cartão com folgas, presença de camara de filmar e/ou danos visíveis. Em caso afirmativo, não toque na estrutura e informe a PSP.
3. Proteja/oculte a marcação do código PIN com a mão, de forma a não ser registado por eventual microcâmara de filmar colocada pelos suspeitos.
4. Se o cartão ou o dinheiro ficarem retidos, informe de imediato a entidade bancária e verifique a presença de eventuais suspeitos, mesmo que surjam sob o pretexto de ajudar.
5. Verifique com frequência as movimentações bancárias.
6. O código PIN nunca deve estar escrito no próprio cartão.
7. Evite a utilização de ATM´s em locais isolados e de pouca iluminação.
8. Não abandone os talões de registo de operações no Multibanco.
9. No pagamento com os cartões de débito/crédito, em estabelecimentos ou outros locais, não “os perca de vista”.
10. No pagamento de compras na internet, se for usar o número de cartão e o código CCV, pois há casos em que é possível o pagamento através de emissão por referência a pagar em MB, privilegie os cartões virtuais, com quantias aproximadas do valor da compra.
11. Em sítios/lojas online, confira sempre se são verdadeiros e seguros. Em caso de dúvida tente pesquisar se há comentários ou observações sobre os mesmos.