O relatório divulgado hoje pelo FMI, e referente à missão do Artigo IV, inerente ao pós Programa de Assistência Económica e Financeira, que realizou de 19 a 29 de Junho, salienta os avanços registados por Portugal ao longo do último ano. A avaliação apresenta uma evolução positiva da análise do Fundo, visível no expressivo crescimento económico previsto para 2017, de 2,5%, uma revisão em alta, partindo dos 1,3% previstos no último relatório de fevereiro. Para 2018 a previsão foi agora revista para 2%, sendo anteriormente de 1,2%.
No relatório, o FMI reconhece a composição diversificada do crescimento que se tem vindo a verificar, “assente no investimento privado e nas exportações, resultado da melhoria das condições de crédito e do aumento da competitividade dos bens e serviços portugueses.”
O Ministério das Finanças (MF) salienta “a importância das políticas implementadas para ultrapassar as deficiências estruturais não resolvidas durante o Programa de Assistência Económica e Financeira, particularmente no setor financeiro e face aos desequilíbrios sociais então gerados.”
O MF indica em comunicado que “o FMI vem agora reconhecer que o aumento da estabilidade e da confiança no setor financeiro e a melhoria dos níveis de confiança na economia, conseguidos ao longo do último ano, são cruciais para o atual crescimento económico. Este reconhecido sucesso da mudança estrutural é apoiado num esforço credível e equilibrado de consolidação orçamental, alicerçado numa gestão criteriosa, suportada na revisão da despesa pública, aliada a um alívio efetivo da carga fiscal.”
“Esta estratégia tem-se traduzido numa redução do défice e da dívida pública, conferindo, assim, confiança no crescimento futuro”, indica o MF, e acrescenta que “o Governo permanecerá empenhado em consolidar os resultados até agora obtidos e em melhorar o potencial de desenvolvimento económico e social do país.”
O MF conclui referindo que “a concretização do Programa Nacional de Reformas desempenha um papel essencial nestes compromissos. A continuidade da estratégia orçamental rigorosa e o fomento da competitividade da economia portuguesa trarão um crescimento sustentável e inclusivo.”