A chuva deu hoje, 24 de março, uma oportunidade aos pilotos do FIM CEV para as sessões de qualificação realizarem-se com o asfalto mais seco, mas ainda longe das condições ideais.
41 pilotos concorrentes ao campeonato do mundo Júnior Moto3 atacaram decididos ambas as sessões e no final da segunda, mais rápida que a primeira devido à melhoria das condições de aderência.
O ex-mundialista Manuel Pagliani foi o mais veloz no final da animada sessão batendo o britânico Thomas Booth-Amos por apenas 32 milésimas de segundo cabendo ao turco Denz Oncu, vencedor da Asia Talent Cup no passado ano, a terceira posição aos comandos da KTM do Team Ajo com 75 milésimas a separar o pequeno piloto do primeiro posto. A competitividade da classe ficou bem expressa nos 15 pilotos separados por menos de um segundo.
Com 27 pilotos em pista, divididos em chassis Moto2 e Superstock 600, foi o espanhol Augusto Fernandez o mais rápido na qualificação ao conseguir com a Suter da equipa Easyrace uma volta em 1m44.466s no final de uma sessão onde todos foram cerca de 15 segundos mais rápidos face ao que tinha sido na sessão matinal com a pista em condições de aderência totalmente distintas. Xavier Cardelus foi o segundo a escassas 158 milésimas, com o Jesko Raffin – que perdeu a licença para correr no mundial e regresso ao FIM CEV – a ser o terceiro com a sua Kalex.
Nota de destaque para o fantástico quinto lugar conseguido por Ivo Lopes aos comandos da sua Yamaha R6 Superstock, sendo claramente o mais rápido nesta categoria deixando no final 13 Moto2 atrás de si e todos os oito adversários das Superstock bem longe, com o segundo a 2 segundos e meio, com a volta ‘canhão’ do campeão nacional a colocar mesmo três pilotos fora do registo de qualificação, entre eles o francês Philippe Le Gallo, piloto que venceu a classe no passado ano. Ivo Lopes esteve durante grande parte da sessão na frente do pelotão, obrigando aos pilotos da Moto2 a puxarem dos ‘galões’ para não serem envergonhados pelo luso.
No imenso lote de pilotos do European Talent Cup, que originou mesmo a sua divisão em dois grupos, apuraram 22 de cada lote com o belga Barry Baltus a ser o melhor no Grupo A com uma volta a 1m42.401s, cabendo a Francisco Goméz a melhor prestação no Grupo B ao assinar na sua melhor volta um ‘crono’ de 1m52.667s.
Vida fácil não tiveram naturalmente os dois pilotos portugueses em prova,
Pedro Fragoso e Francisco ‘Kiko’ Maria, com o primeiro a ocupar durante muito tempo uma posição entre os 22 melhores, foi surpreendido no final pela volta rápida de um adversário – momentos antes de começar a chover – o que o colocou a apenas 19 milésimas de segundo da qualificação direta para a sua primeira prova internacional.
Miguel Oliveira ficou como ‘piloto reserva’ para as corridas de amanhã, ficando dependente de algum abandono de última hora para alinhar entre os 44 que enchem por completo a grelha de partida. Kiko Maria foi o 25º do grupo, ficando fora das duas corridas agendadas para o dia de Domingo naquele que é o palco de lançamento do FIM CEV 2018.