A passagem do ano na Praça do Comércio, em Lisboa, foi de animação, música, fogo-de-artificio, e a mais internacional de todos os anos. Para a passagem do ano vieram visitantes de todos os pontos do mundo, desde a vizinha Espanha, passando pelo Reino Unido até ao Japão, e desde a Argentina ao Brasil. Da população já residente em Portugal a mescla foi notória, imigrantes oriundos do Paquistão, Bangladesh, Índia, China, Brasil e de muitos outros países.
A Polícia de Segurança Pública (PSP) montou um sistema de segurança limitando a entrada de alguns objetos que poderiam por em perigo as pessoas no recinto. Na observação feita pelo repórter da TV Europa nas entradas situadas nas artérias de acesso à Praça do Comércio o sistema funcionou sem incidentes, com a maior concentração de pessoas a verificar-se a partir das 23h00.
A logística dentro do recinto pareceu adequada com proteção total do monumento central “estátua equestre de D. José I” e com a colocação de um ecrã gigante que permitiu a acompanhar em imagens a atuação dos artistas que atuaram no palco colocado na zona poente da Praça. Um dos aspetos negativos, e não fosse o espírito de passagem de ano, seria constrangedor, foi a falta de sanitários, o que levou a que homens e mulheres usassem a parede nascente do edifício do Ministério das Finanças.
Às 22h00, e até à contagem decrescente, ouviu-se música tradicional portuguesa com Daniel Pereira Cristo, acompanhado por Tatanka, João Só e Ana Bacalhau, às 00h00 e durante cerca de 12 minutos o fogo-de-artificio encheu de luz e cor o Tejo e toda a frente ribeirinha da Praça do Comércio e da Avenida da Ribeira das Naus. Este ano não se verificou o espetáculo de fogo-de-artificio a partir dos telhados dos edifícios dos Ministérios.
A partir das 00h15 do dia 1 de janeiro de 2019, o músico Richie Campbell e com ele Dengaz, Mishlawi, Plutonio e DJ Dadda fizeram a festa, agora já sem restrições de entrada na Praça, mas com a PSP sempre presente para dissuadir eventuais situações de insegurança.
Lisboa tornou-se na passagem de ano de 2018 para 2019 um dos lugares do mundo para onde viajaram muitos milhares de pessoas. O clima, a comida, a hospitalidade, o custo de vida e a segurança foram as principais justificações das visitantes ouvidas pelo repórter.